Os principais mercados internacionais fecharam a sessão desta segunda-feira, 28 de julho de 2025, com desempenho variado. Enquanto os índices de Wall Street renovaram máximas históricas, as bolsas da Europa recuaram em meio a incertezas sobre o impacto do novo acordo comercial entre Estados Unidos e União Europeia.
Além disso, os mercados asiáticos apresentaram uma sessão majoritariamente positiva, com exceção do Japão, que foi pressionado por temores locais. O avanço nas negociações entre potências econômicas e a expectativa por balanços das gigantes de tecnologia foram os principais vetores do dia.
Como fecharam os principais índices dos Estados Unidos?
Os índices americanos encerraram o dia com desempenho misto, porém com viés positivo. O S&P 500 subiu **0,02%**, atingindo **6.389,77 pontos**, marcando o sexto recorde consecutivo de fechamento. Já o Nasdaq Composite avançou **0,33%**, para **21.178,58 pontos**, também em nova máxima histórica.
Por outro lado, o índice Dow Jones recuou **0,14%**, fechando aos **44.837,56 pontos**, enquanto o Russell 2000 caiu **0,15%**, para **2.256,73 pontos**. O otimismo do mercado foi impulsionado pela assinatura do acordo tarifário com a União Europeia e pela expectativa positiva em relação à temporada de balanços.
O que motivou a queda das bolsas europeias?
Enquanto Wall Street comemorava, as bolsas da Europa reagiram de forma negativa ao mesmo acordo. Os principais índices do continente — como o DAX (Alemanha), CAC 40 (França) e FTSE 100 (Reino Unido) — fecharam em queda entre -0,4% e -1,0%.
Nesse sentido, o sentimento entre investidores europeus foi de cautela. Muitos analistas enxergaram o acordo como uma concessão desfavorável para a União Europeia, que aceitará tarifas médias de 15% sobre exportações para os Estados Unidos. Além disso, o euro registrou leve desvalorização diante do dólar.
Mercados asiáticos subiram? O que aconteceu com o Japão?
Na Ásia, o dia foi majoritariamente positivo. O Hang Seng (Hong Kong) subiu 0,68%, o KOSPI (Coreia do Sul) avançou 0,42% e o ASX 200 (Austrália) teve alta de 0,40%. Os ganhos refletiram o alívio global com o avanço das negociações comerciais e a perspectiva de estabilidade no fluxo de exportações asiáticas.
Por outro lado, o Nikkei 225 (Japão) caiu cerca de 1,10%, impactado por preocupações internas e possíveis implicações indiretas do pacto EUA-UE. A queda também reflete um movimento de realização de lucros após altas acumuladas nos últimos dias.
Quais fatores impulsionaram ou frearam os mercados globais?
- Acordo EUA–UE: firmado com tarifas médias de 15%, reduziu temores de guerra comercial.
- Setor de tecnologia: impulsionado por expectativas de resultados positivos das big techs.
- Expectativa com o Fed: decisão sobre juros nos EUA é aguardada para esta semana.
- Negociações com a China: trégua tarifária prestes a expirar também influencia o sentimento global.
Além disso, ações como Nvidia e Super Micro Computers se destacaram nos EUA, com altas superiores a 1,5%. Já na Europa, empresas exportadoras de automóveis e bens industriais sofreram perdas diante do novo cenário tarifário.
Resumo do fechamento internacional (28/07/2025)
- S&P 500 (EUA): +0,02% – 6.389,77 pontos
- Nasdaq (EUA): +0,33% – 21.178,58 pontos
- Dow Jones (EUA): -0,14% – 44.837,56 pontos
- Russell 2000 (EUA): -0,15% – 2.256,73 pontos
- Hang Seng (Hong Kong): +0,68%
- KOSPI (Coreia do Sul): +0,42%
- ASX 200 (Austrália): +0,40%
- Nikkei 225 (Japão): -1,10%
- Bolsas europeias: entre -0,4% e -1,0%
O que esperar dos próximos dias?
Com a semana apenas começando, os investidores agora voltam suas atenções para a “superquarta”, que trará decisões importantes dos bancos centrais dos Estados Unidos e do Brasil. Além disso, balanços de grandes empresas de tecnologia podem redefinir o sentimento do mercado global.
Outro ponto de atenção é a trégua tarifária entre EUA e China, com prazo para expirar em 12 de agosto. Caso não seja renovada, poderá trazer nova onda de volatilidade às bolsas mundiais.
Portanto, o cenário internacional segue sensível a eventos geopolíticos e decisões de política monetária. A tendência é de que a volatilidade se mantenha elevada nos próximos dias, com investidores monitorando atentamente os desdobramentos comerciais e macroeconômicos.
















