
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), criticou nesta terça-feira (3) a paralisação do Metrô e da CPTM.
“Infelizmente aquilo que a gente esperava tá se concretizando. Temos aí uma greve de Metrô, CPTM, uma greve ilegal, uma greve abusiva, uma greve claramente política, uma greve que tem como objetivo a defesa de um interesse muito corporativo. E quem tá entrando em greve tá se esquecendo do mais importante que é o cidadão”, afirmou Tarcísio em pronunciamento no Palácio dos Bandeirantes.
Além disso, o governador pontuou que sua gestão já concluiu um estudo inicial sobre a privatização da Sabesp, e ainda analisará as possibilidades para Metrô e CPTM. “Estamos estudando e vamos continuar estudando”.
Metroviários dizem que privatizar serviços pode encarecer tarifas
Os funcionários da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) realizam hoje (3) greve unificada para reivindicar melhores condições de trabalho e contestar a privatização dos serviços. Eles denunciam que transferir o controle do poder público para a iniciativa privada deve encarecer tarifas e piorar a qualidade dos serviços.
Na estação Barra Funda, onde é possível embarcar em linhas de trem, ônibus e metrô, lideranças de movimentos que apoiam a greve se organizaram para traduzir à população da capital paulista o que significa a privatização e informar os motivos da greve. Somente pelo metrô da Barra Funda transitam, em média, cerca de 60 mil passageiros por hora, em momentos de pico.
“Não existe greve ilegal. Não é só por direitos, é por melhoria de serviços. Rico não trabalha, pobre trabalha. A pobreza enriquece o país e não tem o direito de circular no país”, discursou uma liderança popular ao microfone, em meio a alguns protestos de transeuntes que demonstraram irritação e incompreensão quanto à greve.