O conflito entre Israel e Palestina é uma guerra que perdura há muitas décadas e se encontra até os dias atuais sem solução definitiva. Apesar de ter início na década de 40, com a divisão proposta pela ONU da Palestina em dois estados, os embates se acirraram com a declaração da independência de Israel em 1948.
A partir deste marco, uma grande disputa territorial iniciou, com participações ativas de grupos como o Hamas. Mas, você sabe realmente o que é esse grupo e qual seu papel nesse cenário de tensões? Vamos esclarecer essas questões a seguir.
O que é o Hamas e qual seu papel no conflito Israel-Palestina?
O Hamas, um acrônimo árabe que representa o Movimento de Resistência Islâmica, nasceu em 1987. Conceituado como a maior organização islâmica presente nos territórios palestinos, sua criação ocorreu como uma resposta à primeira intifada palestina contra a ocupação israelita da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.
O Hamas está inserido em uma aliança regional junto ao Irã, Síria e ao grupo muçulmano xiita Hezbollah no Líbano. Esses grupos contestam predominantemente as políticas adotadas pelos EUA em relação ao Oriente Médio e Israel.
A reputação do Hamas internacionalmente
Apesar de sua forte atuação, o Hamas é visto por Israel e por diversos países, a exemplo de Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido, como um grupo terrorista. Tal rótulo é justificado pela resistência do grupo em aceitar as condições propostas pela comunidade internacional como: reconhecer Israel, assumir os acordos prévios e abdicar da violência.
O envolvimento do Hamas com a política
Além de suas principais pretensões explicitadas em seu estatuto, o Hamas também tem parte ativa na política palestina. Em 2006, conquistou as eleições legislativas e se tornou o comando da Faixa de Gaza.
O grupo é conhecido por realizar diversos atentados. No período de fevereiro a março de 1996, realizou uma série de atentados suicidas em ônibus, provocando a morte de cerca de 60 israelenses. Muitos atribuem a esses ataques, a mudança da percepção dos israelenses sobre o processo de paz, conduzindo à eleição de Benjamin Netanyahu, notório opositor dos Acordos de Oslo, à presidência no mesmo ano.
Embora o Hamas tenha atualizado seu estatuto em 2017, suavizando algumas posturas e aceitando a criação de um Estado palestino em Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental, sua recusa permanente em reconhecer a existência de Israel continua desafiando a busca por uma solução pacífica para o conflito israelo-palestino.