O mercado automotivo brasileiro é caracterizado pela diversidade de modelos e pela presença de alguns veículos que, apesar de suas polêmicas, continuam a ser muito procurados. Muitos desses carros desafiam as expectativas, mantendo um bom volume de vendas tanto no mercado de novos quanto de usados. Muitas vezes, os proprietários relatam experiências negativas que causam desconfiança em relação ao veículo, mas isso não impede que esses modelos alcancem altas vendas, liderando seus segmentos. O foco aqui será discutir a motorização, itens de série e o desempenho de vendas desses modelos ao longo do mês de setembro, utilizando dados da Fenabrave como referência.
Um exemplo emblemático é o Renault Kwid, projetado para ser um veículo acessível. O Kwid apresenta várias soluções para maximizar a economia, como o uso de apenas três parafusos em cada roda. No início, enfrentou problemas de qualidade, incluindo falhas na coluna de direção. No entanto, a fabricante corrigiu essas falhas rapidamente. Atualmente, o Kwid compete diretamente com o Fiat Mobi e o Citroën C3 pelo título de carro mais acessível do Brasil, oferendo variações de motorização flex e elétrica, além de itens de série como DRLs em LED e monitoramento de pressão dos pneus. Em setembro, o Kwid registrou a venda de 5.349 unidades, totalizando cerca de 40.569 unidades em 2025.
Quais são os desafios enfrentados pelo Dolphin Mini no Brasil?
O Dolphin Mini, um carro da marca chinesa, é conhecido por ser o modelo mais acessível da montadora, com produção prevista para a fábrica de Camaçari, na Bahia. Este veículo despertou receio entre os consumidores brasileiros por conta de seu sistema de suspensão, calibrado para as estradas chinesas. Além disso, a percepção negativa associada a carros chineses em termos de pós-venda e manutenção ainda persiste. No entanto, o Dolphin Mini vem com um motor de 75 cv e um alcance de 280 km segundo o Inmetro, apresentando-se como um líder entre os elétricos de preços mais baixos com a venda de 3.392 unidades em setembro e um acumulado de 22.917 vendas no ano.
Por que o Renegade continua a ter um público fiel?
Lançado em 2015, o Jeep Renegade é um SUV compacto que continua a ser uma escolha popular entre os consumidores. Seu design robusto e mecânica confiável garantem seu apelo duradouro. Apesar das críticas iniciais ao motor 1.8 flex da Fiat com 135 cv, a versão com motor turbo diesel de 170 cv e tração 4×4 solidificou sua reputação. A Jeep trabalhou para inovar e competir com rivais mais recentes, oferecendo um propulsor flex mais potente de 176 cv e recursos como câmbio automático e freio de estacionamento eletrônico. Em setembro de 2025, o Renegade vendeu 4.547 unidades, somando 32.151 unidades no ano.
Como o Corolla Cross mantém-se competitivo entre os SUVs?
O Corolla Cross, conhecido por sua confiabilidade e eficiência, atrai consumidores interessados em um SUV com a tradição do nome Corolla. Notoriamente, algumas características de design, como o freio de mão acionado pelo pé, inicialmente geraram críticas, mas foram solucionadas pela Toyota. As motorizações variam entre 122 cv na versão híbrida e 175 cv nas versões a combustão, destacando-se pela eficiência no consumo de combustível. No nono mês de 2025, foram vendidas 7.282 unidades do Corolla Cross, acumulando 51.973 vendas totais no ano, com preços variando entre R$ 188.990 e R$ 219.890.
O Chevrolet Onix, apesar de já ter sido o carro mais vendido do Brasil por seis anos, enfrenta polêmicas relacionadas às versões com motor turbo e correia banhada a óleo. Com o passar do tempo, a marca trabalhou para resolver os problemas, lançando a linha 2026 com melhorias na correia. O Onix segue popular, registrando 7.039 vendas em setembro, somando 54.931 durante o ano. O modelo sedã vendeu 5.169 unidades em setembro, acumulando 34.468 no ano. Esses veículos destacam-se por atualizações de design e tecnologia, permanecendo competitivos em um mercado em constante evolução.
