A partir de 2025, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) passará por diversas alterações, conforme anunciado recentemente pelo governo federal. As mudanças contemplam novas exigências como a implementação da biometria obrigatória, revisões mais frequentes no Cadastro Único (CadÚnico) e adaptações nos critérios de avaliação para deficiência em solicitantes com idade inferior a 65 anos.
Um ponto significativo dessa atualização é o reajuste no valor do BPC, que será de R$ 1.518, acompanhando o novo salário mínimo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou as modificações, incluindo a manutenção da concessão do benefício para pessoas com deficiências leves, após vetar um trecho que restringiria o acesso apenas aos graus mais severos.
O que muda na avaliação de deficiência?
A partir de janeiro de 2025, a avaliação de deficiência exigirá novos procedimentos para determinar a elegibilidade ao BPC. Solicitantes com menos de 65 anos deverão passar por uma avaliação obrigatória que incluirá a identificação de condições médicas mediante o uso da Classificação Internacional de Doenças (CID). Isso visa garantir que as concessões do benefício reflitam necessidades reais e sejam baseadas em um sistema de avaliação padronizado e justo.
Essa abordagem busca proporcionar maior precisão nas análises e assegurar que o BPC seja concedido a quem realmente apresenta impedimentos significativos para participar da vida social em igualdade de condições.
Como funcionará a atualização no Cadastro Único?
A atualização no CadÚnico agora terá um prazo de 24 meses, exigindo que os beneficiários revisem suas informações regularmente. Esse processo é essencial para manter a base de dados atualizada e garantir que o BPC alcance aqueles que realmente precisam. A atualização pode ser iniciada por meio do serviço online Meu INSS, mas requer que o beneficiário compareça ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) para finalizar o procedimento.
Manter o CadÚnico atualizado é crucial para a continuidade do recebimento do BPC, evitando que informações desatualizadas comprometam o acesso ao benefício.
Por que a biometria se tornou obrigatória?
A introdução da biometria como requisito vem como uma estratégia para aumentar a segurança em concessões de benefícios sociais e previdenciários. Este procedimento ajudará a prevenir fraudes, garantindo que o benefício seja destinado exclusivamente aos indivíduos autorizados. A biometria registra características físicas únicas, tornando quase impossível a falsificação ou uso indevido do BPC.
Essa medida foi implementada em resposta à necessidade de assegurar processos mais seguros e confiáveis, protegendo tanto os beneficiários quanto o sistema previdenciário de atos fraudulentos.
Quem pode receber o Benefício de Prestação Continuada?
O BPC é destinado a idosos a partir de 65 anos de idade e pessoas com deficiência, desde que não tenham condições de se sustentar ou de serem sustentadas por suas famílias. Para ser elegível, a renda mensal per capita do grupo familiar não pode ser superior a 1/4 do salário mínimo, e o solicitante e sua família devem estar devidamente cadastrados no CadÚnico.
O objetivo é assegurar que os mais vulneráveis recebam apoio financeiro necessário para garantir um mínimo de dignidade e qualidade de vida, refletindo o compromisso do governo com a justiça social.