O cenário econômico atual apresenta desafios como alta de juros e inflação, além de sinais de desaceleração econômica. Contudo, esses elementos não devem impedir investidores de buscar oportunidades. Neste contexto, certas empresas destacam-se como potenciais candidatas para investimentos estratégicos, segundo especialistas do setor financeiro. As sugestões abrangem tanto valores de longa data, quanto nomes emergentes com perspectivas de crescimento.
Fernando Bresciani, analista do Andbank, e Victor Bueno, da Nord Research, compartilharam suas visões sobre quais setores e empresas podem ser vantajosos para compor uma carteira de investimentos. Eles ressaltam que, em meio a incertezas macroeconômicas, alinhar investimentos a setores estáveis e empresas bem posicionadas pode ser uma estratégia eficaz.
Quais setores são estratégicos em tempos de inflação?
Bresciani destaca o potencial do setor de energia elétrica, conhecido por captar a inflação nas tarifas e proporcionar bons dividendos. Ele sugere que investidores considerem adicionar empresas do setor elétrico em seus portfólios. Para ele, a estabilidade oferecida por contratos a longo prazo e a correção por inflação tornam o setor de energia uma escolha lógica e estratégica.
Empresas como CPFL (CPFE3), Isa Cteep (TRPL4) e Taesa (TAE11) estão entre os nomes mencionados por especialistas. Além de sua capacidade de pagar dividendos atrativos, essas empresas oferecem previsibilidade, aspecto crucial em momentos de incerteza econômica.
Quais empresas focadas em crescimento são recomendadas?
Victor Bueno destaca companhias que, apesar de pouco conhecidas, demonstram forte potencial para sustentar o crescimento. Entre elas, o Inter (INBR32) se evidencia após uma reestruturação que estabilizou custos e aumentou a receita. Essa plataforma diversificada almeja um crescimento substancial nos próximos anos, projetando um lucro de até R$ 5 bilhões em 2027, comparado aos atuais R$ 800 milhões.
Outro destaque vai para a Priner (PRNR3), que, embora desconhecida dos investidores pessoais, tem apresentado crescimento significativo. Especialmente após a aquisição da Real Estruturas e Construções, a Priner sinaliza futuras aquisições para expandir seu ecossistema de serviços industriais, com projeções de valorização a longo prazo.
Como alinhar investimentos em energia ao crescimento esperado para 2025?
No setor de petróleo e energia renovável, empresas como Prio (PRIO3) e Brava Energia (BRAV3) são observadas por seu potencial de crescimento, segundo opina Bueno. Ambas estão bem posicionadas para multiplicar sua produção e, consequentemente, aumentar seu valor de mercado.
Quais são as melhores empresas pagadoras de dividendos para 2025?
Para investidores focados em dividendos, Bueno sugere olhar para setores perenes, como o bancário e o de telecomunicações. O Itaú (ITUB3, ITUB4) é citado pela sua robustez e crescimento sólido de lucros, com projeção de dividend yield de até 9%. De acordo com especialistas, o Itaú vem apresentando um crescimento de ROE que deve beneficiar seus acionistas no futuro próximo.
Telefônica Brasil (VIVT3) também é mencionada como uma aposta segura no setor de telecomunicações, planejando remunerar acionistas com 100% do lucro líquido em dividendos e juros sobre capital próprio nos próximos anos, oferecendo um dividend yield estimado em próximo de 8%.
Embora o contexto econômico imponha desafios, opções de investimentos seguem disponíveis para os que buscam oportunidades alavancadas por setores estáveis e empresas bem posicionadas. Assim, analisando perfil de risco, horizonte de investimento e metas pessoais, investidores podem encontrar horizontes promissores.