Responsável por rivalizar com grandes nomes como Casas Bahia e Ponto Frio, a Arapuã enfrenta sua segunda falência após acumular um alto valor em dívidas. Conhecida como uma das maiores varejistas do Brasil, a Arapuã possui uma jornada que começou no interior de São Paulo, mais especificamente, na cidade de Lins, em 1957, pelo empresário Jorge Wilson Simeira Jacob.
Expansão e colapso
A varejista contabilizou 265 pontos de venda ao redor do Brasil durante o seu auge, que ocorreu nas décadas de 80 e 90. O destaque era tão grande que seus comerciais chegavam a contar com a presença de famosos, como o ator Tony Ramos, da rede Globo.
De acordo com informações da Wikipédia, no final da década de 80, a Arapuã apostou em uma mudança drástica fechando 120 lojas de uma vez e diminuindo sua linha de produtos de 7500 para 700.
Últimos suspiros e declínio
Entretanto, a aposta falha em dar retorno e a situação se torna mais crítica em 1998 quando o governo brasileiro eleva os juros, provocando um aumento na inadimplência e prejudicando as vendas a prazo. Para agravar ainda mais a situação, os créditos em atraso somavam cerca de R$550 milhões.
A Arapuã pede concordata em junho de 1998, passando a diversificar os produtos e tentando reverter o baixo desempenho das vendas.
A segunda falência
Ainda em meio a dívidas, a empresa não consegue cumprir o acordo da concordata integralmente e, em 2002, passou a fechar lojas e promover demissões, medidas que não foram suficientes para evitar a decretação da falência pela justiça em primeira instância. Mesmo conseguindo reverter a decisão, em 2009 a falência foi novamente decretada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Mesmo diante de tantas idas e vindas, a Arapuã ainda estava na luta até o ano passado em 2020, quando o STJ determinou a decretação (pela segunda vez) de falência da empresa, marcando o fim de uma das gigantes do varejo nacional.