Perspectivas de redução de custos e ganhos de eficiência embasam projeções de ganho com ações após venda do controle estatal
A privatização da Copel (Companhia Paranaense de Energia), finalizada no começo desta semana, abriu a temporada de venda do controle de estatais prometida por governadores eleitos ou reeleitos no ano passado. Nesse pacote, as privatizações estaduais da Sabesp, em São Paulo, e de Cemig e Copasa, em Minas Gerais são as mais aguardadas. Pernambuco, Goiás e Paraná também discutem a venda de suas empresas de saneamento básico.
O movimento é visto positivamente por investidores e operadores do mercado financeiro. A mera venda de participação na Copel pelo governo paranaense já foi suficiente para melhorar as avaliações da empresa. O Bank of America, por exemplo, elevou o preço-alvo das ações da empresa de R$ 10,20 para R$ 12, no caso da CPLE6 (PNB). A projeção representa um potencial de alta de quase 50% em relação ao valor da oferta realizada pelo governo do Paraná. Para as units (CPLE11), o preço-alvo passou de R$ 51 para R$ 60. Nos dois casos, o BofA manteve a recomendação de compra.
Potencial de alta
A avaliação positiva do banco apoia-se na expectativa de que, agora, a empresa consiga reduzir em 25% os custos de geração e transmissão e em até 15% as despesas gerenciáveis da unidade de transmissão. “Geralmente percebe-se uma privatização como oportunidade de melhoria de gestão, com maior eficiência na alocação de recursos”, diz Ricardo Schweitzer, CEO da consultoria Ricardo Schweitzer.