O JP Morgan anunciou uma mudança significativa em sua estratégia para mercados emergentes, elevando a recomendação para ações brasileiras. A decisão marca uma reviravolta em relação a novembro de 2024, quando o banco havia rebaixado o Brasil para posição neutra.
Por que o JP Morgan voltou a apostar no Brasil?
Diversos fatores contribuíram para a reavaliação do banco em relação ao mercado brasileiro. Entre os principais destaques estão:
- Perspectiva global mais favorável: A expectativa de menor crescimento dos Estados Unidos e um dólar mais fraco abre espaço para cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed), cenário positivo para países emergentes como o Brasil.
- Ciclo de juros no Brasil: O banco prevê uma Selic terminal de 15,25% até junho, mas vê chances de uma pausa antecipada na alta, o que pode estimular os investimentos em renda variável.
- Expansão da economia chinesa: O JP Morgan revisou sua projeção para o PIB da China de 3,9% para 4,3%, o que pode atrair mais investimentos para países emergentes, incluindo o Brasil.
- Benefícios da guerra comercial de Trump: Com a política de tarifas sobre a China, os produtos brasileiros ganham competitividade, favorecendo exportações de soja, carne bovina, algodão e frango.
Setores preferidos pelo JP Morgan
- Brasil: O banco aposta em setores beneficiados pela queda dos juros, como bancos, serviços públicos e ativos atrelados a títulos.
Perspectivas para o Brasil
Apesar do otimismo do JP Morgan, o banco destaca que a mudança de recomendação tem caráter tático e não estrutural. Os desafios fiscais do Brasil continuam sendo uma preocupação para investidores, e o risco político ainda pode impactar a trajetória da Bolsa brasileira.
No entanto, com a atração crescente de investimentos estrangeiros e um cenário macroeconômico mais favorável, o Brasil ganha espaço como uma das apostas do mercado global em 2025.
