
O Brasil tinha 306,3 mil empresas industriais em 2019, queda de 8,5% em relação a 2013, quando existiam 335 mil. De acordo com a Pesquisa Industrial Anual (PIA), que integra ao Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), foram quase 30 mil industrias que deixaram de existir no período.
Conforme mostra o estudo, 97,9% das empresas no setor são da indústria de transformação. No caso delas, o ritmo vem caindo desde 2014. A queda foi de 8,2% em 2019, quando chegou a 300 mil. No caso das extrativas, houve um aumento de 7,1% desde 2018.
Conforme mostrou a pesquisa, o setor industrial em empregava 7,6 milhões de pessoas em 2019. Foi uma queda de 9,2% em comparação a 2010. Em 2013, o país registrava 9 milhões de empregados.
Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), outra pesquisa do IBGE que inclui o mercado informal, mostram uma perda menor, de 662 mil postos de 2013 a 2019. O conceito de indústria da Pnad Contínua, porém, é amplo: uma costureira que borda para fora pode ser classificada nesse agrupamento.
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Transformação industrial
O Brasil gerou R$ 1,4 trilhão em valor da transformação industrial em 2019, resultado que reflete um valor da produção de R$ 3,3 trilhões (vendas e variação de estoque) deduzido de custos de R$ 1,9 trilhão das operações.
A indústria de transformação foi responsável por 90,1% da riqueza gerada pelo segmento industrial em 2019. O País tinha 306,3 mil empresas industriais ativas, com pelo menos uma pessoa ocupada, que empregavam um contingente de 7,6 milhões de pessoas e pagavam R$ 306,3 bilhões em remunerações, mostra a pesquisa.
A pesquisa do IBGE mostra ainda que a indústria registrou faturamento bruto total de R$ 4,8 trilhões em 2019, sendo 82,5% relativo à receita bruta da venda de produtos e serviços industriais. A receita líquida de vendas, por sua vez, foi de R$ 3,6 trilhões em 2019. As grandes companhias (500 ou mais funcionários) foram responsáveis por 67,4% da receita líquida naquele ano.
Entre 2010 e 2019, o salário médio mensal da indústria, medido em salários mínimos, recuou 6%, para 3,1 salários mínimos. Os maiores salários médios estavam na indústria extrativa (4,6 salários mínimos mensais) e não nas indústrias de transformação (3,1) em 2019.
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*Com informações do Estadão Conteúdo
















