O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deu um passo significativo na modernização do transporte público em São Paulo ao aprovar um financiamento no valor de R$ 94,8 milhões para a MobiBrasil. Este investimento será destinado para a aquisição de 87 ônibus elétricos, marcando a primeira operação de financiamento com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) neste setor. O apoio financeiro é dividido entre R$ 49,8 milhões do FGTS e R$ 45 milhões provenientes do Fundo Clima.
A parceria entre o BNDES e a Caixa Econômica para atuar como agente financiador do FGTS foi autorizada em outubro de 2023, consolidando-se com a criação do programa BNDES Pró-Transporte Refrota. Este programa tem como objetivo facilitar a aquisição de veículos de transporte público coletivo, promovendo o avanço do setor de mobilidade urbana no país.
Qual é o impacto esperado para a mobilidade urbana?
Com até R$ 12 bilhões disponíveis para projetos de mobilidade urbana e saneamento ambiental, o BNDES espera promover uma transformação substancial nas cidades brasileiras. O presidente do banco, Aloizio Mercadante, destacou que a parceria com a Caixa visa melhorar o transporte coletivo e contribuir para a descarbonização do setor. Os investimentos em ônibus elétricos alinham-se com uma estratégia mais ampla de diminuir a emissão de gases poluentes e melhorar a qualidade do ar nas cidades.
Desempenho da MobiBrasil no transporte público
A MobiBrasil, concessionária de dois lotes do serviço público de transporte de passageiros em São Paulo desde 2019, é uma protagonista importante nesta iniciativa. A empresa opera cerca de 57 linhas com um total aproximado de 600 ônibus. O diretor Manoel Marinho descreveu a aquisição dos ônibus elétricos como o início de uma nova era para a mobilidade urbana na cidade, reforçando o compromisso da empresa com inovações sustentáveis.
Quais são os benefícios ambientais do projeto?
Além da modernização do transporte público, a iniciativa promete importantes benefícios ambientais. Os 1.300 ônibus elétricos, que também fazem parte de um contrato de R$ 2,5 bilhões assinado pelo BNDES com a prefeitura de São Paulo, são projetados para evitar a emissão de aproximadamente 2,7 milhões de toneladas de CO2 equivalente (tCO2eq) ao longo de seu ciclo de vida de 15 anos. A substituição de ônibus movidos a diesel por elétricos significa uma redução significativa da poluição do ar e um passo promissor em direção à meta de cidades mais ecológicas.
Desafios e oportunidades futuras para a mobilidade urbana
Apesar dos avanços representados por este financiamento, desafios persistem na implementação e expansão de tecnologias sustentáveis no transporte público brasileiro. A infraestrutura para ônibus elétricos, incluindo pontos de recarga e manutenção especializada, requer investimentos contínuos. No entanto, com o suporte financeiro de instituições como o BNDES e parcerias com governos locais, o potencial para uma transformação abrangente é considerável. O projeto atual em São Paulo pode servir de modelo para outras cidades, inspirando uma rede de transporte mais limpa e eficiente em todo o Brasil.
