O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) teve variação positiva de 1,25% em dezembro, após registrar queda de 0,58% no mês anterior, e encerrou 2021 com alta de 17,74%, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira (6).
A alta registrada no ano passado foi mais branda do que o avanço de 2020, quando o índice acumulou ganho de 23,08%.
“A aceleração registrada nos preços do minério de ferro (de -24,98% para 17,62%), de bovinos (de 2,60% para 8,33%) e do café (de 8,02% para 9,16%) contribuíram destacadamente para a aceleração da inflação ao produtor, índice com maior influência sobre o IGP, compensando o arrefecimento da inflação ao consumidor”, disse André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
Segundo Braz, a leitura de dezembro foi influenciada principalmente pela alta de 1,54% do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que havia apresentado queda de 1,16% no mês anterior.
O índice refere-se à variação dos preços no atacado e responde por 60% do indicador geral, e no ano passado acumulou alta de 20,64%.
Entre os grupos componentes do IPA, destacaram-se as Matérias-Primas Brutas, que saltaram 4,40% no mês passado, deixando para trás a queda de 6,40% registrada em novembro.
O consumidor, por outro lado, viu alívio nas pressões inflacionárias em dezembro, já que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) desacelerou a alta a 0,57%. Em 2021 o IPC-DI subiu 9,34%
O comportamento dos Transportes reduziu sua alta a 0,28% em dezembro, de 3,07% em novembro, refletindo forte arrefecimento nos preços da gasolina. O combustível registrou queda de 0,36% no mês passado, de alta de 7,44% em novembro.
O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC) subiu 0,35% em dezembro, ante 0,67% no mês anterior, fechando o ano com alta de 13,85%.
O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. Também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral.
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*Com Reuters