Com foco em ampliar o acesso das mulheres à área de tecnologia, a Prefeitura de Belo Horizonte, em conjunto com o Cefet-MG, abriu inscrições para um curso gratuito de programação web, direcionado exclusivamente ao público feminino em situação de vulnerabilidade social. Destinada a alunas de escolas públicas da capital mineira, a iniciativa integra o projeto “Elas.net”, buscando promover a inclusão digital e estimular a participação das mulheres no setor de tecnologia, tradicionalmente marcado por um baixo índice de representatividade feminina.
A formação tem duração de três meses e está prevista para começar em agosto de 2025. As aulas ocorrem à noite, facilitando o acesso de quem possui outros compromissos durante o dia. O curso será realizado na Unidade de Inclusão Digital, localizada no bairro Ipiranga, e conta com a participação de monitoras do Cefet-MG, que acompanham de perto o desenvolvimento das alunas, fornecendo suporte constante em toda a trajetória de aprendizado.
Quais são os objetivos do curso de programação web “Elas.net”?
O curso foi criado com a missão de promover a equidade de gênero no mercado tecnológico e de quebrar barreiras históricas de acesso à educação de qualidade na área. Ao se aproximar do público feminino em situação de vulnerabilidade, o projeto pretende dar oportunidades reais para que estudantes iniciantes adquiram conhecimento prático em computação, preparando-as para atuar em uma das áreas profissionais que mais cresce no Brasil e no mundo.
Além de incentivar o protagonismo das mulheres, a programação web abre portas para trabalhos em diversos segmentos, como empresas de tecnologia, agências de publicidade digital e organizações de variados portes. Essas competências ampliam as possibilidades de inserção no mercado formal e contribuem para a autonomia econômica das participantes.

Conteúdo programático e estrutura das aulas
A trilha de aprendizado do projeto “Elas.net” abrange conhecimentos fundamentais para quem deseja ingressar no universo do desenvolvimento web. Entre os temas abordados, destacam-se:
- Linguagens de marcação (HTML e CSS): Base para construção e estilização de páginas;
- Lógica de programação: Essencial para quem deseja entender como solucionar problemas através de códigos;
- HTML5: Versão mais atual da linguagem, trazendo novos recursos para o desenvolvimento;
- Javascript: Linguagem que permite criar elementos interativos e dinâmicos em páginas web;
- Back-end: Introdução ao desenvolvimento de aplicações que rodam do lado do servidor;
- Banco de dados: Noções sobre armazenagem e manipulação de informações através de sistemas como MySQL;
- PHP orientado a objetos: Programação do lado do servidor e conceitos modernos de orientação a objetos.
As aulas, realizadas presencialmente no período noturno, contam com o acompanhamento de equipe técnica preparada e ambiente estruturado para proporcionar um aprendizado de qualidade. Antes do início das aulas, ocorre um período de nivelamento, para que todas as participantes possam iniciar os estudos com as mesmas condições.
Como participar do curso de programação web para mulheres em Belo Horizonte?
Para se inscrever, as interessadas devem comparecer presencialmente à Unidade de Inclusão Digital, localizada na Rua José Clemente Pereira, número 440, no bairro Ipiranga. Também existe a opção de realizar a inscrição através de um formulário online, cujo link é disponibilizado pela Prefeitura. Durante o processo, é importante apresentar documentação que comprove o vínculo com escola pública e a condição de vulnerabilidade social, para garantir que as vagas sejam direcionadas ao público-alvo do projeto.
- Verificar período de inscrições e requisitos;
- Comparecer ao local indicado ou acessar o formulário virtual;
- Participar do teste de nivelamento, realizado antes do início das aulas;
- Acompanhar a divulgação dos resultados e instruções para o início do curso.
Além do curso de programação voltado para mulheres, a Prefeitura de Belo Horizonte oferece outras iniciativas por meio do Programa de Inclusão Digital, com oportunidades em variados níveis de ensino tecnológico. São mais de 20 cursos ofertados anualmente, tanto em formato presencial quanto à distância, possibilitando que moradores de vilas, favelas e conjuntos habitacionais tenham acesso a capacitação e emitam certificados reconhecidos.
Com esse universo de oportunidades, a cidade busca diminuir as desigualdades, estimulando o acesso à tecnologia e promovendo transformações positivas, especialmente para segmentos sociais que historicamente enfrentam barreiras para acessar meios digitais e o mercado de trabalho formal.