O incêndio em uma plataforma na Bacia de Campos, que deixou 14 trabalhadores feridos, reacendeu as discussões sobre a segurança operacional da Petrobras e o futuro da exploração na Margem Equatorial. Para o economista Alex André, é preciso separar os fatos e evitar generalizações que prejudiquem a continuidade dos projetos estratégicos da companhia.
“A plataforma envolvida no acidente está em processo de venda. A manutenção foi deixada de lado. Isso é diferente do padrão técnico da Petrobras nas áreas do pré-sal”, afirmou.
Capacidade técnica não é o problema, afirma economista
Segundo Alex André, a Petrobras possui um dos maiores conhecimentos operacionais do mundo em exploração offshore. Ele destaca que a estatal já domina com excelência o desenvolvimento do pré-sal, e que a exploração na Margem Equatorial segue esse mesmo padrão técnico.
“O know-how da Petrobras é reconhecido globalmente. Os acidentes precisam ser apurados, mas não devem ser confundidos com a capacidade da companhia em operar com segurança”, pontuou.
Pressão política e ambiental influencia decisões
Alex destacou ainda que o embate entre a Petrobras e os órgãos ambientais, como o Ibama, tem mais relação com discussões sobre impacto ecossistêmico do que com a segurança operacional da empresa.
“Os impasses ambientais precisam ser debatidos, mas são diferentes da questão técnica. A Petrobras tem cumprido todas as exigências do Ibama para viabilizar a Margem Equatorial”, disse.
Sindicatos resistem, mas a exploração é vital
Parte da resistência, segundo Alex, vem de setores sindicais, que utilizam o acidente como argumento para barrar a liberação da Margem Equatorial. No entanto, ele alerta: essa nova fronteira exploratória pode ser essencial para garantir a continuidade da produção e, consequentemente, os empregos na companhia.
“Os sindicalistas deveriam entender que a nova fronteira do pré-sal é a Margem Equatorial. Sem ela, o futuro da Petrobras pode ficar comprometido”, afirmou.
