O Banco Central do Brasil revelou recentemente novas diretrizes de segurança para o Pix, visando combater fraudes sem comprometer a acessibilidade do sistema. As instituições financeiras agora só poderão excluir chaves Pix caso existam evidências concretas de atividades fraudulentas. Caso contrário, estarão sujeitas a multas e penalidades.
Breno Santana Lobo, chefe-adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central, reforçou que as mudanças não estão ligadas à situação fiscal dos usuários, mas sim a questões cadastrais, como fraudes na inscrição do CPF ou CNPJ.
Em quais situações uma chave Pix pode ser suspensa?
O Banco Central definiu quatro cenários nos quais uma chave Pix pode ser desativada:
- Problemas cadastrais detectados pela instituição financeira.
- Cancelamento por duplicidade ou decisão judicial.
- Documento considerado nulo em casos de fraude comprovada.
- Baixa do documento, como falecimento do titular.
Caso o cadastro esteja pendente de regularização, a chave Pix pode continuar ativa. Pequenos erros de grafia nos dados do usuário não são motivo para cancelamento, mas podem ser ajustados para evitar complicações.

Como as obrigações eleitorais podem afetar o uso do Pix?
Usuários com pendências eleitorais podem ter o CPF suspenso, o que impacta diretamente a utilização do Pix. Isso ocorre quando a pessoa deixa de votar ou justificar a ausência, tornando seu documento irregular nos bancos de dados oficiais.
Para evitar problemas com pagamentos e transferências, é essencial manter as obrigações eleitorais em dia.
Empresas também serão afetadas pelas novas regras?
Para empresas, a exclusão de uma chave Pix não está vinculada à situação fiscal do CNPJ. O cancelamento pode ocorrer nos seguintes casos:
- Ordens judiciais determinando a exclusão.
- Inconsistências cadastrais ou suspeitas de fraude.
- Atividades temporariamente interrompidas.
- Problemas em operações de comércio exterior.
- CNPJ considerado inexistente de fato.
No caso de microempreendedores individuais (MEI), as chaves Pix só serão canceladas se houver fraude comprovada.

O que acontece se um banco descumprir as novas regras?
As instituições financeiras que não seguirem as diretrizes do Banco Central poderão ser multadas em até R$ 50 mil. O prazo para adequação é de um mês, após o qual o Banco Central retomará as fiscalizações para garantir o cumprimento das novas regras.
Caso uma chave Pix seja suspensa indevidamente, o usuário pode recorrer à instituição financeira responsável para regularizar a situação.
O que esperar do futuro do Pix com essas mudanças?
O Pix se consolidou como um dos métodos de pagamento mais utilizados no Brasil, e as novas regras visam fortalecer a segurança sem comprometer a praticidade do sistema. A tendência é que o Banco Central continue aprimorando as diretrizes para tornar o serviço ainda mais confiável.
Ficar atento às atualizações e manter os dados sempre regulares garantirá o uso contínuo e seguro da ferramenta.