O mercado de criptomoedas foi sacudido no último dia 21 de fevereiro, quando a Bybit, segunda maior exchange do mundo, sofreu um ataque hacker que drenou US$ 1,46 bilhão em Ethereum (ETH) de suas carteiras. Este não foi apenas o maior roubo da história das criptomoedas, mas também o maior assalto já registrado, superando até mesmo os maiores roubos bancários do mundo.
De acordo com especialistas, um hacker conseguiu acesso a uma das carteiras da Bybit e passou horas transferindo os fundos para diferentes endereços, dificultando o rastreamento das transações. A plataforma ainda não revelou detalhes sobre como ocorreu a invasão, mas o golpe reacendeu os temores sobre a vulnerabilidade das exchanges e o aumento da sofisticação dos cibercriminosos no setor cripto.
Criptomoedas na mira: roubos disparam e 2025 já preocupa
O ataque à Bybit acontece em um momento em que os hacks contra plataformas cripto não param de crescer. Dados da consultoria americana Chainalysis apontam que:
- Em 2024, foram 303 ataques, totalizando US$ 2,2 bilhões roubados.
- Em 2023, 282 ataques drenaram US$ 1,8 bilhão do mercado.
Desde 2021, quando o Bitcoin ultrapassou US$ 60 mil, as criptomoedas passaram a atrair cada vez mais golpes milionários. Entre 2017 e 2020, a média anual de valores roubados girava em torno de US$ 700 milhões. Mas entre 2021 e 2024, essa média quadruplicou, saltando para US$ 2,7 bilhões por ano.
Com o roubo recorde da Bybit em 2025, o setor já se aproxima dos números registrados nos últimos anos, e a tendência é que o volume roubado continue crescendo.
Os maiores roubos da história
O ataque à Bybit não é um caso isolado. O mercado de criptomoedas já enfrentou diversos hacks bilionários, expondo vulnerabilidades de exchanges e redes blockchain. Confira os sete maiores:
- Bybit (US$ 1,46 bilhão – fevereiro/2025)
- Hackers assumiram o controle de uma carteira da exchange e transferiram os fundos para dificultar rastreamento.
- Ronin Network (US$ 625 milhões – março/2022)
- Ataque à rede que suportava o jogo Axie Infinity, supostamente realizado pelo grupo Lazarus, ligado à Coreia do Norte.
- Poly Network (US$ 611 milhões – agosto/2021)
- Hackers exploraram uma falha na rede DeFi e roubaram mais de US$ 600 milhões, mas devolveram o valor dias depois.
- Binance (US$ 570 milhões – outubro/2022)
- Invasores criaram novas unidades de Binance Coin (BNB) e tentaram vendê-las antes da corretora intervir.
- Coincheck (US$ 523 milhões – janeiro/2018)
- Exchange japonesa perdeu mais de US$ 500 milhões em NEM (XEM), tornando-se o maior hack da época.
- FTX (US$ 477 milhões – novembro/2022)
- No mesmo dia em que entrou em falência, a FTX sofreu um ataque e milhões de dólares desapareceram das contas dos usuários.
- Mt. Gox (US$ 473 milhões – fevereiro/2014)
- Primeira grande exchange hackeada, perdeu 650 mil bitcoins, o equivalente a US$ 62 bilhões na cotação atual.