O mercado financeiro continua revisando suas previsões para os próximos anos e, como já virou tradição, a inflação resolveu subir mais um pouco. Segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (data), economistas elevaram a projeção do IPCA para 2025 de 5,50% para 5,51%, além de corrigirem para cima a estimativa para 2026 (de 4,22% para 4,28%). Já em 2027, aparentemente, ninguém quis mexer: a previsão segue em 3,90%.
Se a inflação continua ganhando alguns centésimos, pelo menos o PIB segue congelado nas projeções: o crescimento esperado para 2025, 2026 e 2027 permanece em 2,06%, 1,72% e 1,96%, respectivamente. Já o dólar parece ter encontrado um novo normal, com o câmbio projetado em R$ 6,00 para 2025 e 2026, caindo levemente para R$ 5,93 em 2027.
Enquanto isso, a Selic segue no alto patamar que já virou rotina para os brasileiros: 15,00% em 2025, caindo para 12,50% em 2026 e 10,38% em 2027.
Veja o que mudou:
Inflação (IPCA)
- 2025: subiu de 5,50% para 5,51% 🔺
- 2026: subiu de 4,22% para 4,28% 🔺
- 2027: permaneceu em 3,90%
PIB (Produto Interno Bruto)
- 2025: segue em 2,06%
- 2026: segue em 1,72%
- 2027: segue em 1,96%
Câmbio (Dólar)
2025: continua em R$ 6,00
2026: continua em R$ 6,00
2027: leve recuo para R$ 5,93
Taxa Selic
- 2025: mantida em 15,00%
- 2026: mantida em 12,50%
- 2027: mantida em 10,38%
Se por um lado as mudanças foram sutis, por outro, elas reforçam uma tendência preocupante: a inflação segue resiliente, o que pode manter os juros elevados por mais tempo. O mercado parece cada vez mais convencido de que o Banco Central terá que lidar com um cenário persistente de preços pressionados, enquanto a economia cresce sem grandes saltos.
O dólar estacionado na casa dos R$ 6,00 mostra que os investidores ainda precificam um Brasil com dificuldades fiscais e dependente do cenário externo. A Selic alta até 2027 também confirma que o alívio no crédito deve demorar, o que pesa tanto para empresas quanto para consumidores.