O setor varejista no Brasil se prepara para um aumento substancial nos investimentos em tecnologia, com projeções de crescimento de 71% até o final de 2025. Este movimento é motivado principalmente pela necessidade de enfrentar desafios como perdas financeiras, roubos e a crescente demanda por operações mais eficientes. A adoção de novas tecnologias promete ser uma resposta aos anseios tanto dos consumidores quanto dos comerciantes.
Conforme o Estudo Anual Global do Consumidor da Zebra Technologies, cerca de 29% dos varejistas já utilizam ferramentas de análise prescritiva apoiadas em inteligência artificial para mitigar perdas. No entanto, nos próximos três anos, espera-se que este número salte para 56%, refletindo uma clara tendência de modernização e fiscalização mais rigorosa de inventários e transações.
Quais Tecnologias Estão Sendo Adotadas no Varejo?
No esforço para inovar e melhorar a experiência de compra, diversos varejistas estão adotando tecnologias de ponta. Dentre os equipamentos mais notáveis estão câmeras e sensores de autoatendimento, soluções de visão computacional e etiquetas RFID. Estas ferramentas são essenciais para aumentar a precisão na rastreabilidade de produtos, além de prevenir perdas e roubos, oferecendo uma camada extra de segurança e controle.
Os consumidores também têm manifestado insatisfação com a dificuldade de acesso a produtos protegidos e a ausência de atendimento adequado. Este sentimento de frustração é frequente e leva um em cada cinco consumidores a desistir de suas compras quando o suporte necessário não está disponível.
Como a Falta de Atendimento Impacta o Varejo?
A falta de infraestrutura e apoio eficiente em tempo real nas lojas é uma questão crítica. Vanderlei Ferreira, CEO da Zebra Technologies no Brasil, destaca que os varejistas enfrentam dificuldades operacionais significativas, potencializadas pela falta de mão de obra adequada e tecnologia insuficiente. A carência de sistemas de autoatendimento, por exemplo, limita a eficácia do setor, mesmo que 83% dos consumidores reconheçam seus benefícios.
No entanto, 68% dos consumidores consideram essas opções de autoatendimento escassas. As queixas incluem desde a falta de caixas de autoatendimento até a ausência de meios de pagamento sem contato, o que impede uma experiência de compra fluida e autônoma.
Quais Estratégias Podem Melhorar a Situação?

Para superar os desafios enfrentados, Ferreira propõe que os varejistas invistam em estratégias integradas que contemplem tanto o cliente quanto o funcionário e as operações de loja. As sugestões incluem o uso de ferramentas para otimizar a gestão de estoques, automatizar processos operacionais e garantir suporte ao cliente em tempo real. Tais investimentos são considerados essenciais para atender às expectativas dos consumidores e melhorar a eficiência do serviço prestado.
Em conclusão, os investimentos em tecnologia no varejo não são apenas uma resposta obrigatória às demandas atuais, mas também uma maneira estratégica de garantir a sustentabilidade e o sucesso futuro do setor. À medida que a tecnologia avança, espera-se que o setor seja capaz de oferecer uma experiência excepcional ao consumidor, integrando inovação e serviço de qualidade.
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