Alberto Leite, fundador da FS, trouxe insights valiosos sobre a evolução da segurança digital, destacando o momento em que identificou uma falha no mercado. “Quando fundei a FS, percebi que o mercado tinha uma fragilidade estrutural nas soluções de segurança”, afirmou Leite. O aumento do uso de dispositivos móveis exigiu que as empresas desenvolvessem soluções adequadas a essas plataformas.
Em um contexto onde a tecnologia avançava rapidamente, Leite comentou sobre o início das operações da FS, mencionando a fragmentação do mercado e a dificuldade em criar soluções de segurança para dispositivos móveis. Segundo ele, “era quase impossível atingir todos os dispositivos devido à falta de desenvolvedores capacitados na época”. Apesar das dificuldades, Leite destacou a estratégia de adaptação para manter a empresa competitiva, criando soluções temporárias para PCs enquanto o mercado mobile se consolidava.
Essa visão inovadora foi essencial para o crescimento da FS, que em 2016 alcançou a marca de unicórnio ao ser vendida por 1 bilhão de dólares para o grupo Carlyle. “Fomos o primeiro unicórnio brasileiro”, destacou Leite ao relembrar a trajetória da empresa no cenário global de segurança digital.
Transição Energética: O Brasil na Rota da Sustentabilidade
Rogério Zampronha, CEO da Prumo Logística, abordou o pioneirismo do Brasil na transição energética, destacando o potencial do país em energia renovável. “O Brasil é um dos países com maior capacidade de produção de energia eólica e solar”, afirmou. Ele ressaltou que, embora o país tenha começado a investir nessa área há mais de uma década, a evolução foi lenta devido à falta de políticas públicas consistentes.
Zampronha frisou a importância de definir marcos regulatórios para atrair investimentos de grande porte no setor. “Há um volume de investimentos represados que dependem de um marco regulatório claro para serem liberados”, comentou, destacando a importância de energia eólica, solar, biomassa e até hidrogênio verde para consolidar o Brasil como líder global na produção de energia limpa.
Inteligência Artificial: Oportunidades para Empresas
Viviane Martins, CEO da Falcone Capital, abordou o impacto da inteligência artificial (IA) nos negócios, ressaltando a importância de as empresas adotarem uma abordagem estratégica. “A IA vai muito além de ferramentas generativas; ela pode resolver problemas complexos nas cadeias de abastecimento”, afirmou Martins. Ela destacou que muitas empresas adotam IA de forma superficial, sem alterar profundamente seus processos e modelos de negócio.
Martins também mencionou a frustração de algumas empresas com investimentos em tecnologia. “Algumas empresas fizeram o dever de casa corretamente, outras apenas adquiriram ferramentas sem transformações reais”, comentou. A fala de Martins reforça a necessidade de as empresas se adaptarem para aproveitar ao máximo o potencial das novas tecnologias.
Lições de Inovação para Sustentabilidade Corporativa
Encerrando o debate, os convidados discutiram a importância da inovação contínua para garantir a perenidade das empresas. Segundo Leite, “a busca constante por melhorias é o que mantém uma empresa relevante no mercado”. Ele também destacou que, em tempos de crise, as empresas que investem em soluções criativas e tecnológicas tendem a sobreviver e crescer.
Zampronha acrescentou que a transição energética não é apenas uma questão ambiental, mas também econômica. “A descarbonização é uma necessidade global que afeta diretamente as cadeias produtivas”, disse, sugerindo que o Brasil tem uma oportunidade única de se destacar globalmente ao adotar práticas sustentáveis.
Os insights de Alberto Leite, Rogério Zampronha e Viviane Martins no Money Report destacam a importância da adaptação às novas realidades de mercado, desde a segurança digital até a transição energética e o uso estratégico da inteligência artificial. As empresas que adotarem uma postura proativa em relação à inovação terão melhores chances de enfrentar os desafios do futuro.