Os sinais positivos vistos no fim de 2023, com o índice Ibovespa alcançando máximas históricas, são motivo de otimismo para os analistas em relação ao mercado acionário em 2024 – e a B3, dona da bolsa de valores, é uma das empresas que devem se beneficiar desse panorama.
O cenário global e o papel da B3
Analistas do Safra apontam que a moderação da inflação global, combinada a um crescimento econômico ideal, tem permitido aos bancos centrais – incluindo o Federal Reserve, nos Estados Unidos – uma mudança de postura, saindo de políticas contracionistas rumo à flexibilização monetária.
Isso, segundo a avaliação dos analistas do Safra, pode levar a uma melhor fase para os mercados emergentes, já que a mudança de postura do Fed deve impulsionar os fluxos de investimento em direção a esses países.
No Brasil, a perspectiva é de que a B3 se beneficie desse cenário, especialmente porque já vem se adiantando no ciclo de cortes.
O panorama para a B3 em 2024
A B3 está bem posicionada para aproveitar o ciclo de flexibilização global, segundo o Safra. Isso é visto principalmente no fluxo de investidores estrangeiros, que voltaram a apostar no mercado brasileiro no fim de 2023, impulsionando a B3.
Neste cenário, os analistas do Safra estão otimistas com a perspectiva para a B3. A recomendação para a ação B3SA3 foi elevada a “outperform”, equivalente a compra, com um preço-alvo de R$ 19 – o que representa um potencial de alta de cerca de 30% em relação à cotação atual.
Segundo o banco, a B3 se beneficia com um maior fluxo estrangeiro que deve ajudar o volume médio diário de negociações a ganhar tração. O Safra também prevê que a empresa se beneficiará do momentum favorável ao setor de commodities, que compõe 37% do índice Ibovespa.
Outras perspectivas para a B3
O Bank of America também enxerga positivamente a B3, apontando como ponto forte da tese de investimento a diversificação da estratégia de negócios da companhia. O banco americano projeta um crescimento de 7% no LPA (Lucro Por Ação) da B3 em 2024, apesar da expectativa de volumes ainda fracos no curto prazo.
Já o Santander adota um posicionamento mais cauteloso. O banco manteve a recomendação para a B3 como “neutra”, explicando que a recuperação dos volumes de negociação – principal gatilho para a empresa – ainda deve demorar um pouco.
Diante de todas essas perspectivas, resta aos investidores observar se todas as projeções otimistas para a B3 em 2024 se concretizarão.