O pregão desta terça-feira, 25 de novembro, começa com atenção total ao IPCA-15, que será divulgado amanhã e deve orientar as expectativas para a trajetória da inflação e dos juros no Brasil. Antes disso, novos dados divulgados pela FGV ajudam a formar o tom da abertura, enquanto o mercado internacional acompanha indicadores relevantes dos Estados Unidos previstos para esta sessão, como vendas no varejo e o PPI de setembro.
Segundo relatório do Daycoval, o IPCA-15 de novembro deve subir 0,19 por cento, refletindo principalmente o retorno dos alimentos ao campo positivo. A alta decorre do fim do período mais favorável para itens in natura e do encerramento da deflação nas carnes vermelhas. Os serviços também devem pressionar a leitura, influenciados pelos preços das passagens aéreas e pela alimentação fora do domicílio. A projeção atualizada da instituição para o IPCA fechado de 2025 é de 4,5 por cento, com viés de baixa. Nesta divulgação, o mercado monitora especialmente a evolução dos itens sensíveis ao ciclo econômico, como os serviços intensivos em trabalho, que ainda devem permanecer em nível elevado. O núcleo de serviços, embora desacelerando na comparação anual, segue como desafio para o Banco Central. Os preços administrados devem subir, impulsionados pelos planos de saúde, efeito que deve ser parcialmente compensado pela deflação de energia elétrica e gasolina. Já os bens industriais tendem a mostrar estabilidade, em linha com o comportamento benigno dos últimos meses, sem impacto relevante da Black Friday nesta leitura.
IPC-S sobe 0,23 por cento e desacelera em quatro capitais
O IPC-S, Índice de Preços ao Consumidor Semanal, mede a variação de preços para o consumidor em sete capitais brasileiras e funciona como um termômetro de curto prazo da inflação. Na terceira quadrissemana de novembro, quatro das sete capitais pesquisadas registraram desaceleração do índice. O resultado nacional subiu 0,23 por cento e acumula alta de 3,98 por cento em 12 meses.
Brasília apresentou a maior taxa, de 0,76 por cento, enquanto Salvador registrou a menor leitura, de 0,07 por cento. Os dados reforçam a expectativa de leitura ainda pressionada para o IPCA-15, mas com sinais de alívio pontual em algumas regiões.
INCC-M avança e confiança da construção atinge maior nível desde julho
O INCC-M, Índice Nacional de Custo da Construção – Mercado, acompanha a variação dos custos de materiais e da mão de obra no setor de construção. Em novembro, o índice subiu 0,28 por cento, acima dos 0,21 por cento registrados no mês anterior. Em 12 meses, acumulou 6,41 por cento, um aumento em relação aos 6,08 por cento de novembro de 2024.
O Índice de Confiança da Construção avançou 1 ponto, para 92,6 pontos, maior nível desde julho. Na média móvel trimestral, houve alta de 0,4 ponto, sinalizando melhora gradual do setor, com recuperação nas expectativas de demanda.
Agenda dos Estados Unidos inclui vendas no varejo e PPI
Os investidores acompanham ainda hoje a divulgação das vendas no varejo e do índice de preços ao produtor dos Estados Unidos referentes a setembro. Os números chegam em um momento de dúvidas sobre a força do consumo americano e a velocidade de desaceleração da inflação.
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