Recentemente, uma onda de aversão tingiu as bolsas de valores, fazendo com que o dólar fechasse em alta acentuada. Conforme os dados oficiais, a moeda norte-americana teve um aumento de 1,38%, com o valor final indo a R$ 4,9485. É importante observar que essa alta veio logo após o dólar ter apresentado queda de 2,48% frente ao real durante o mês de novembro.
Esse cenário ocorreu no último pregão, onde a moeda chegou a alcançar o patamar máximo de 4,9545 reais (um aumento de 1,50%) às 15h59. Pouco tempo depois, a sessão se encerrou com um valor não muito distante desse nível. Um operador ouvido pela agência de notícias Reuters apontou que a alta séria no dólar no Brasil foi em sintonia com o aumento observado no exterior.
O que justifica a alta do dólar?

Segundo as explanações do profissional, a ascenção expressiva dos rendimentos do título norte-americano de dez anos – um referencial mundial para investimentos – foi o fator principal a influenciar a forte alta do dólar no país. Ele informou ainda que os ganhos também foram observáveis nos mercados externos.
Por que os investidores estão se desfazendo dos lucros recentes?
Cleber Alessie Machado, gerente da mesa de Derivativos Financeiros da Commcor DTVM, ressalta que parte dos investidores optaram por embolsar os lucros mais recentes, antes que os dados econômicos importantes da semana fossem anunciados. “Estamos vendo pessoal colocando um pouco (do lucro) no bolso, antes da bateria de dados que teremos. Isso é saudável, após semanas de rali”, manifestou Machado.
Machado ainda fez uma observação importante: “Nós também já víamos que o rali parecia carecer de novos gatilhos para que o dólar pudesse descer mais”. O panorama apresentado, portanto, deixa claro o impacto das variáveis econômicas internas e externas no valor da moeda no mercado financeiro. A tendência é sempre de muita flutuação e seus movimentos podem ser acelerados em função de numerosas variáveis.
















