O IPCA-15, prévia da inflação oficial, subiu 0,20% em novembro, informou o IBGE nesta quarta-feira (26). O resultado ficou ligeiramente acima do esperado pelo mercado, que projetava uma alta entre 0,18% e 0,21%, com o Daycoval estimando 0,19% na prévia divulgada na segunda-feira.
O índice acelerou em relação a outubro, quando havia registrado alta de 0,18%, mas segue abaixo da taxa observada no mesmo mês de 2024, quando o IPCA-15 avançou 0,62%.
No ano, a inflação acumulada chega a 4,15%. Nos últimos 12 meses, o índice está em 4,50%, desacelerando frente aos 4,94% registrados no período imediatamente anterior.
O que puxou a alta do mês
Segundo o IBGE, o principal impacto em novembro veio do grupo despesas pessoais, influenciado por:
- altas em hospedagem
- avanço dos pacotes turísticos
A pressão do setor confirma parte da leitura antecipada por economistas nos últimos dias: os serviços permanecem como o componente mais sensível da inflação e seguem desafiando a convergência para a meta do Banco Central.
Serviços seguem no foco do mercado
O aumento nos preços ligados ao turismo, justamente em um período de maior demanda por viagens, confirma que a inflação de serviços continua pressionada por fatores sazonais e pela resiliência do mercado de trabalho.
Economistas destacam que, mesmo com a desaceleração no acumulado de 12 meses, a composição da inflação mantém desafios importantes. Itens como hospedagem, pacotes turísticos e alimentação fora do domicílio exigem atenção redobrada do Banco Central, sobretudo na calibragem dos juros em um ambiente de atividade econômica ainda sólida.
O que esperar daqui para frente
Apesar do dado um pouco acima do previsto, analistas afirmam que o número não altera o cenário geral para a inflação de 2025. As projeções divulgadas por instituições como XP, Itaú, Bradesco, Santander e BTG Pactual seguem concentradas em um intervalo entre 4,4% e 4,6% para o IPCA do próximo ano.
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