Criminosos utilizam a engenharia social para manipular idosos com 60 anos ou mais e roubar suas economias através do WhatsApp e ligações falsas. Veja em novembro como eles exploram a confiança e o isolamento das vítimas para aplicar o “golpe do falso parente” ou se passar por gerentes de banco. É crucial manter a calma e verificar a identidade de quem entra em contato antes de transferir qualquer valor via Pix.
Por que os idosos são os alvos preferidos dos criminosos?
Golpistas sabem que muitos idosos possuem renda fixa, como aposentadoria do INSS, e economias guardadas ao longo da vida. Além disso, exploram a boa-fé e a tendência dessa geração em confiar na palavra de “autoridades” que telefonam.
A menor familiaridade com tecnologias digitais, como aplicativos bancários e senhas complexas, também facilita a ação dos fraudadores. Eles criam cenários de urgência que confundem a vítima, impedindo-a de raciocinar com clareza sobre o que está acontecendo.

Como funciona o perigoso golpe do falso parente?
O criminoso envia uma mensagem fingindo ser filho ou neto, alegando que “mudou de número” ou que o celular quebrou. Com uma foto de perfil copiada das redes sociais, ele pede para o idoso salvar o novo contato e apagar o antigo da agenda.
Logo em seguida, surge um pedido urgente de dinheiro para pagar uma conta ou consertar o carro. A pressão emocional é imensa, levando o idoso a fazer a transferência via Pix rapidamente para “ajudar” o familiar supostamente em apuros.
Quais sinais revelam que a ligação é uma fraude?
Outra tática comum é a falsa central de segurança, onde o bandido liga informando uma compra suspeita no cartão. Para “cancelar”, eles induzem a vítima a digitar a senha ou entregar o cartão a um motoboy.
Fique atento aos seguintes comportamentos suspeitos que indicam que você está falando com um golpista e não com o seu banco:
- Solicitação para digitar a senha do cartão no teclado do telefone.
- Pedido para realizar uma transferência para uma “conta segura”.
- Pressão excessiva para que você não desligue a chamada em hipótese alguma.
- Oferta de envio de um portador para buscar o cartão em sua casa.

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De que maneira diferenciar a mentira da realidade?
A melhor defesa é saber como as instituições reais operam no dia a dia. Bancos e familiares verdadeiros não pedem dinheiro ou dados sensíveis com tamanha pressa, sigilo e agressividade.
A tabela abaixo compara as abordagens criminosas com os procedimentos seguros para ajudar na identificação imediata do risco.
| O que o Golpista Diz (Sinal Vermelho) | O que Você Deve Fazer (Realidade) |
| “Mãe, mudei de número, me manda um Pix.” | Ligue para o número antigo para confirmar a voz. |
| “O banco precisa da senha para cancelar a compra.” | O banco nunca pede senha por telefone. |
| “O INSS vai bloquear seu pagamento hoje.” | Consulte o status apenas no app oficial Meu INSS. |
Fui vítima de um golpe, o que devo fazer imediatamente?
Ligue para o seu banco oficial imediatamente, usando o número no verso do cartão, e peça o bloqueio da conta e o acionamento do MED (Mecanismo Especial de Devolução). Não tenha vergonha de pedir ajuda a um familiar de confiança para realizar esses trâmites.
A formalização é essencial para tentar recuperar o valor e alertar as autoridades. Registre um Boletim de Ocorrência (B.O.) na Delegacia Eletrônica da Polícia Civil e consulte as cartilhas de proteção da FEBRABAN sobre golpes contra idosos.















