O Mecanismo de Ressarcimento de Prejuízos (MRP) da B3 (B3SA3) acaba de passar por uma importante alteração: seu teto agora é de R$ 200 mil, ou seja, valor 66% maior que o anterior, que estava fixado em R$ 120 mil.
O papel fundamental do MRP no mercado de capitais brasileiro

O MRP consiste em um sistema de compensação para eventuais prejuízos enfrentados por investidores nos mercados administrados pela B3 – seja por conta de erros, omissões, ou mesmo eventos de liquidação decretada pelo Banco Central. Ele é acionado em operações de intermediação de negociações de valores mobiliários, que abrangem compra e venda de ações, derivativos e fundos listados, além de serviços de custódia.
Os limites do Mecanismo de Ressarcimento de Prejuízos
No entanto, vale reforçar: o Mecanismo de Ressarcimento de Prejuízo não cobre prejuízos inerentes à natureza do mercado de ações, como, por exemplo, a queda no valor de ações. Esta atualização no valor do teto do MRP é, então, a terceira desde a implementação do mecanismo em 2008.
Breve retrospectiva da B3
A B3 (B3SA3) é a principal bolsa de valores em atuação no mercado brasileiro de capitais, e tem posição de liderança também no contexto latino-americano. Em termos de crescimento, a B3 reportou um aumento de 40% na quantidade de novos investidores entre julho de 2021 e junho de 2022. Isso representa um incremento de 1,25 milhão de novos CPFs cadastrados.
Em relação à trajetória da B3, vale destacar que a primeira bolsa brasileira foi a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, criada no século XIX para a negociação de títulos públicos. Já em São Paulo, a Bolsa Livre foi estabelecida por Emílio Rangel Pestana em 1890. Desde então, a bolsa passou por várias mudanças e reformulações, o que inclui diversos nomes até chegar em Bovespa.
A liderança da B3 no mercado brasileiro de capitais
Embora o mercado de capitais brasileiro já tenha contado com outras 27 bolsas, a B3 tem prevalecido como a principal instituição, especialmente após a crise dos anos 1970, ocasião em que ganhou destaque e assumiu de vez a liderança do mercado nacional. No ano 2000, ocorreu a unificação das principais bolsas do país, sendo a Bovespa responsável pelas ações e a Bolsa do Rio de Janeiro voltada para operações com títulos públicos.
















