
O ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles participou nesta terça-feira (15) do Lide Brazil Conference, realizado em Nova York, e fez comentários em relação ao orçamento do próximo ano e o planejamento do governo de transição para adaptá-lo.
“É importante levarmos em conta de que estamos com o orçamento de 2023 que não reflete as necessidades do país. Então, temos diversas distorções nesse orçamento de 2023”, disse Meirelles, ao comentar sobre dados desatualizados e a manutenção do Auxílio Brasil de R$ 600, que voltará a ser chamado de Bolsa Família. Porém, o ex-ministro também afirmou que as alterações precisam ter limite.
“A licença para gastar tem que ter limite, e um limite razoável. Está se discutindo esses números com o Congresso. Houve uma proposta inicial de R$ 175 [bilhões], depois o Congresso, evidentemente, abaixou esse número. Então, tem um processo de convergência”, disse Meirelles.
Na parte final de sua fala, Meirelles também reforçou o comentário do presidente do Banco Central, Roberto Campo Neto, sobre a necessidade de reformas e a necessidade de arrumar formas de arrecadação ou contenção de gastos.
“O que fazer depois? Não é simplesmente subir as despesas e ficar quieto”, afirmou Meirelles, que elogiou a reforma administrativa realizada no Estado de São Paulo. O ex-ministro da Fazenda comentou sobre a extinção de empresas estatais sem finalidade e citou de exemplo uma companhia que visava construção de trem-bala.