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Investidores não são conservadores, moderados ou agressivos!

Redação BM&C NewsPor Redação BM&C News
02/12/2024

O mundo dos investimentos frequentemente rotula pessoas como conservadoras, moderadas ou agressivas, sugerindo que essas classificações resumem como cada indivíduo lida com o dinheiro. No entanto, essa abordagem, embora prática e amplamente difundida, é simplista e ignora a complexidade dos comportamentos humanos. As pessoas não são conservadoras, moderadas ou agressivas. Elas têm comportamentos e vieses específicos ao lidar com o dinheiro. É o perfil das carteiras de investimento — e não o investidor — que deve ser ajustado para atender às metas e horizontes de tempo de cada objetivo.

Essa categorização surgiu como uma maneira de atender à regulação e padronizar a adequação entre os produtos financeiros e os investidores. Reguladores, corretoras e gestores precisaram criar filtros para reduzir os riscos de conflitos de interesse e garantir que as alocações respeitem o perfil do cliente. Embora a intenção seja válida, o problema é que, ao rotular pessoas, ignoramos suas nuances e contextos. Uma pessoa pode ser avessa ao risco para objetivos de curto prazo, mas estar disposta a aceitar mais volatilidade para metas de longo prazo como a aposentadoria. Rotulá-la como “conservadora” não captura essa realidade.

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Os vieses comportamentais explicam como as pessoas tomam decisões financeiras, frequentemente de maneira irracional. Entender esses vieses é essencial para construir carteiras alinhadas às necessidades emocionais e práticas de cada investidor. Vou destacar alguns dos principais vieses e suas implicações:

  • Viés de aversão à perda
    Pessoas com esse viés sentem a dor de uma perda financeira com mais intensidade do que a alegria de um ganho equivalente. Como resultado, evitam ativos que apresentam oscilações, mesmo que o retorno esperado seja maior. Para essas pessoas, carteiras conservadoras podem ser adequadas para objetivos de curto prazo, enquanto carteiras moderadas podem ser ajustadas para metas de médio e longo prazo, desde que haja educação financeira para gerenciar a ansiedade diante de flutuações.

  • Viés de excesso de confiança
    Esse viés leva o investidor a acreditar que tem mais controle ou conhecimento do que realmente possui. Pessoas com excesso de confiança tendem a tomar decisões arriscadas, superestimando suas habilidades de prever o mercado. Nesse caso, é fundamental limitar a exposição a ativos de alta volatilidade e estruturar carteiras que contemplem uma alocação mais diversificada.

  • Viés de ancoragem
    Ocorre quando o investidor se apega a um dado ou informação inicial, mesmo que ela seja irrelevante ou desatualizada. Por exemplo, ao investir em uma ação porque ela “sempre foi estável”, mesmo que o cenário econômico tenha mudado. Carteiras ajustadas para esse viés precisam de revisão constante e orientação profissional para evitar decisões baseadas em premissas ultrapassadas.

  • Viés da disponibilidade
    Esse viés faz com que as pessoas supervalorizem eventos recentes em relação a dados históricos. Por exemplo, um investidor pode evitar ações após uma queda de mercado, ignorando que essas quedas podem ser oportunidades de compra. Para mitigar esse viés, carteiras de longo prazo devem incluir ativos mais voláteis, mas com potencial de retorno, enquanto o investidor é educado sobre os ciclos de mercado.

  • Efeito de enquadramento
    A forma como uma escolha é apresentada influencia a decisão do investidor. Por exemplo, apresentar um fundo de investimento como “livre de perdas” pode atrair mais atenção do que explicar que ele “tem baixo potencial de ganhos”. Carteiras para investidores com esse viés precisam ser apresentadas com clareza, enfatizando riscos e benefícios de forma transparente.

Ao invés de rotular pessoas, é necessário construir carteiras adaptáveis que levem em conta os objetivos financeiros, o horizonte de tempo e os comportamentos específicos de cada indivíduo. Essas carteiras devem refletir a realidade emocional e prática do investidor, equilibrando:

  • Liquidez e segurança para objetivos de curto prazo (carteiras conservadoras).
  • Diversificação e equilíbrio para metas de médio prazo (carteiras moderadas).
  • Crescimento e tolerância ao risco para objetivos de longo prazo (carteiras arrojadas).

O uso de heurísticas, ou atalhos mentais, também é necessário para ajudar o investidor a lidar com seus vieses. Por exemplo:

  • Estratégias de automatização: criar aportes automáticos em fundos diversificados ajuda a mitigar o viés da procrastinação.
  • Educação financeira contínua: ao entender os ciclos de mercado, o investidor se torna mais preparado para lidar com flutuações e tomar decisões racionais.
  • Planejamento de objetivos: estabelecer metas claras e estruturadas ajuda a focar no longo prazo e a evitar reações emocionais a eventos pontuais.

Investidores não são conservadores, moderados ou agressivos. Eles são seres complexos, influenciados por emoções, experiências e crenças. Rotular alguém com base em uma simplificação de seu comportamento não é suficiente para garantir decisões financeiras adequadas. O que deve ser conservador, moderado ou agressivo são as carteiras de investimento, construídas de acordo com os objetivos e os horizontes de tempo definidos no planejamento financeiro.

O papel de um profissional do mercado financeiro, e principalmente do planejador financeiro, não é apenas alocar ativos com base em rótulos, mas sim entender como cada cliente lida com o dinheiro e estruturar estratégias que respeitem seus vieses, aproveitando atalhos que os ajudem a alcançar suas metas. Somente assim podemos transformar investidores em protagonistas de suas finanças, promovendo decisões mais conscientes e alinhadas com seus verdadeiros interesses.

  • Artigo escrito por Carlos Castro, planejador financeiro pessoal, CEO e sócio fundador da plataforma de saúde financeira SuperRico.

Investidores não são conservadores, moderados ou agressivos!
Tags: publieditorial
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