A produção industrial dos EUA apresentou retração de 0,3% em setembro, revertendo o crescimento observado em agosto. A paralisação na Boeing e os efeitos devastadores de dois furacões influenciaram diretamente o desempenho do setor, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (17) pelo Federal Reserve (Fed), banco central americano. A produção industrial dos EUA tem mostrado sinais de fragilidade em tempos de eventos climáticos.
Essa queda ficou ligeiramente abaixo das expectativas dos analistas, que projetavam uma diminuição de 0,2%, de acordo com o consenso da LSEG. A produção industrial, ao ser comparada com o mesmo período do ano anterior, também registrou baixa de 0,6%. Na produção industrial dos EUA, os impactos climáticos foram significativos.
Manufatura e mineração em queda, mas setor de serviços públicos cresce
Entre os setores mais afetados, a manufatura recuou 0,4% e o segmento de mineração diminuiu 0,6%. No entanto, serviços públicos apresentaram alta de 0,7%, compensando parcialmente as perdas nos demais setores. A produção industrial dos EUA, portanto, viu uma pequena compensação nos serviços públicos.
A utilização da capacidade instalada caiu de 77,8% para 77,5% entre agosto e setembro, situando-se 2,2 pontos percentuais abaixo da média de longo prazo. Esses números indicam que a indústria americana está operando com mais folga do que o esperado, o que pode ser um sinal de enfraquecimento da demanda.
Greve na Boeing e fenômenos naturais ampliam pressão sobre a indústria
O impacto da greve dos trabalhadores da Boeing e dos furacões evidencia como fatores externos podem desestabilizar o setor produtivo. O cenário aumenta a incerteza sobre a recuperação econômica americana, especialmente em um momento em que os mercados aguardam mais clareza nas políticas do Federal Reserve. Em conclusão, a produção industrial dos EUA está sob pressão devido a fatores externos imprevisíveis.
















