O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de uma manifestação neste sábado, 7 de setembro de 2024, na Avenida Paulista, em São Paulo. A manifestação tinha como foco principal o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Durante o evento, Bolsonaro se irritou com um carro de som que estava ligado durante seu discurso e pediu para que a Polícia Militar desligasse o veículo, afirmando que a ação constituía uma atitude de “canalha” e “vagabundo”.

Em seu discurso, Bolsonaro fez diversas críticas ao ministro Alexandre de Moraes, a quem chamou de “ditador”. Além disso, o ex-presidente solicitou anistia para aqueles que foram presos após os atos antidemocráticos de 8 de Janeiro de 2023, negando que tenha havido tentativa de golpe naquela ocasião.
O que aconteceu durante a manifestação?
Bolsonaro precisou interromper seu discurso várias vezes devido ao barulho causado pelo carro de som. Visivelmente irritado, ele apelou para a Polícia Militar retirar o cabo da bateria do veículo. “Eu não sou governador, mas que a PM arranque o cabo da bateria desse carro. Essa é uma atitude de canalha, vagabundo que não tem compromisso com seu País”, gritou Bolsonaro diante dos manifestantes. O ex-presidente ainda passou mal durante a manhã e foi atendido no Hospital Albert Einstein. Segundo seus aliados, a ida ao hospital não foi motivada por uma doença grave.
Qual era o objetivo da manifestação?
A manifestação de 7 de Setembro foi organizada com o intuito principal de pedir o impeachment do ministro Alexandre de Moraes. No entanto, a pauta se estendeu para incluir também pedidos de anistia para as pessoas que foram presas após os atos antidemocráticos ocorridos em 8 de Janeiro de 2023. Bolsonaro argumentou que esses indivíduos não merecem estar presos, reforçando sua posição contrária à decisão do STF.
Quem participou do evento?
Além do ex-presidente Jair Bolsonaro, o evento contou com a presença de diversos aliados e apoiadores. A Avenida Paulista foi tomada por manifestantes vestidos de verde e amarelo, muitos segurando faixas e cartazes que pediam o afastamento de Alexandre de Moraes e a liberdade para os presos dos atos de 8 de Janeiro.
Por que Bolsonaro pediu a anistia dos presos?
Bolsonaro afirmou que os indivíduos presos por conta dos atos de 8 de Janeiro não estavam tentando realizar um golpe, mas sim exercendo o seu direito de protesto. Ele contestou as decisões do STF, que classificou os atos como antidemocráticos e que resultaram na prisão de diversos manifestantes. De acordo com o ex-presidente, os presos são “patriotas injustiçados” que merecem a liberdade e a restauração de seus direitos.
O evento deste ano de 2024 na Avenida Paulista evidenciou novamente a polarização política no Brasil, com milhares de pessoas saindo às ruas para apoiar Bolsonaro e criticar duramente as decisões do Supremo Tribunal Federal. Os desdobramentos dessa manifestação ainda são incertos, mas é claro que a discussão sobre os limites do protesto e a atuação das instituições democráticas continuará a ser um tema central no país.
Qual será o impacto das manifestações no cenário político?
Ainda é cedo para avaliar o impacto completo dessas manifestações no cenário político brasileiro. No entanto, fica evidente que a polarização e os debates em torno das ações do STF e de figuras políticas centrais como Jair Bolsonaro continuam a mobilizar grandes setores da sociedade. O foco nos pedidos de impeachment e anistia sugere que as tensões entre diferentes poderes da República e a população ainda estão longe de serem resolvidas.
As cenas deste 7 de Setembro na Avenida Paulista mostram um Brasil dividido e que enfrenta desafios complexos em sua jornada democrática, onde a voz dos cidadãos ainda ressoa com força no cenário político nacional.