Nesta quinta-feira (18), o Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter a taxa de juros inalterada em 4,25%, conforme esperado pelo mercado. As taxas de empréstimos e de depósito também foram mantidas estáveis em 4,50% e 3,75%, respectivamente.
Andressa Durão, economista do ASA, analisou a decisão do BCE, afirmando que a manutenção das taxas está alinhada com as expectativas. “ECB em linha com o esperado. Manteve as taxas de juros paradas e continua dependente de dados para as próximas decisões. No comunicado, disseram que as perspectivas de médio prazo foram mantidas, o que mantém corte em setembro na mesa, mas avaliaram pior a inflação corrente de forma a justificar a pausa em julho”, explicou Durão.
Durante a sessão de perguntas e respostas, Christine Lagarde, presidente do BCE, destacou a persistente alta na inflação de serviços, embora tenha mencionado uma tendência positiva nos salários. “Lagarde chamou atenção para a inflação de serviços ainda alta, mas disse que os salários estão indo na direção correta, avaliação melhor do que na última decisão. Disse que dependência de dados não significa dependência de ‘um ponto’ de dados e que decisão de setembro está totalmente em aberto”, acrescentou Durão.
A comunicação de hoje do BCE sugere a possibilidade de um corte nas taxas de juros em setembro, desde que os dados de inflação até lá continuem sustentando projeções favoráveis na revisão de setembro em relação à de junho. “A comunicação de hoje sugere corte em setembro, condicionado a dados de inflação até lá que continuem mantendo as projeções favoráveis na revisão de setembro em relação a de junho”, concluiu a economista.
Com essa decisão, o BCE reforça seu compromisso de acompanhar de perto os dados econômicos antes de realizar qualquer mudança nas políticas monetárias, e ainda deixa pistas para o próximo corte que irá acontecer.