O 4 de Julho, feriado da Independência dos Estados Unidos, é mais do que uma data histórica e patriótica: é também um verdadeiro evento econômico. Comemorado desde 1776, o dia mobiliza milhões de pessoas em todo o país, e bilhões de dólares em consumo.
Segundo estimativas, os americanos gastaram mais de US$ 9 bilhões em 2024 para celebrar o feriado. Os gastos vão desde churrascos e cervejas até viagens, fogos de artifício e roupas estampadas com a bandeira dos EUA. A data se tornou um dos principais momentos de consumo no verão americano.
Mas enquanto o comércio bomba, o mercado financeiro desacelera. As bolsas de Nova York (NYSE) e a Nasdaq não funcionam no dia 4, e a véspera já costuma registrar queda significativa na liquidez. Muitos investidores, traders e gestores simplesmente trocam o gráfico do S&P 500 por um hot dog na beira da piscina.
S&P 500 costuma subir após o feriado
Um dado curioso reforça a conexão entre o otimismo do feriado e os mercados: desde 1950, o S&P 500 registrou alta em cerca de 70% dos pregões seguintes ao feriado, com ganho médio de 0,5%. Ainda que não haja uma explicação definitiva, alguns especialistas associam o fenômeno ao “efeito psicológico” do bom humor pós-feriado e à retomada do apetite por risco.
Um feriado, múltiplos impactos
O 4 de Julho é um exemplo de como cultura, economia e mercado financeiro se entrelaçam no cotidiano americano. É uma pausa que movimenta bilhões, altera rotinas de Wall Street e, curiosamente, costuma antecipar resultados positivos para o mercado de ações.
Mas atenção: quem opera no dia 4 ou na véspera precisa ter cuidado redobrado. A baixa liquidez pode tornar o mercado mais volátil e imprevisível. E lembre-se: “o único estouro garantido nesse dia é o dos fogos, não o da bolsa”.