Em meio a um cenário de volatilidade acentuada, o mercado de petróleo reagiu a uma queda de 6% nas últimas horas, catalisada por eventos geopolíticos envolvendo Israel e Irã. “Esta queda expressiva foi justamente porque Israel não atacou onde se imaginava, como instalações petrolíferas”, explica Jefferson Laatus, CEO da Laatus. “O ataque foi muito pontual em bases militares, uma operação bem executada, sem abates de aviões”, complementa.
Esta eficiência demonstrada por Israel é interpretada positivamente pelo mercado, que não prevê uma guerra iminente. “Israel conseguiu mostrar seu poder frente ao Irã, que atualmente não deseja uma escalada de guerra”, detalha o analista, destacando que essa percepção colaborou para uma resposta otimista dos mercados, refletida pela queda nos preços do petróleo.
As empresas petrolíferas, como a Petrobras e outras gigantes internacionais, sentem temporariamente o impacto dessa queda. Contudo, o olhar dos investidores já se volta para as perspectivas a médio e longo prazo. “Pensando no reaquecimento da economia Americana e as medidas que a China vem tomando para estimular sua economia, esperamos um aumento na demanda por petróleo”, prevê o especialista.
Esse cenário de recuperação econômica é sustentado pelos cortes de juros promovidos nos Estados Unidos e na Europa, além dos estímulos chineses para crescimento. “Todos esses fatores tendem a aumentar a demanda por petróleo, tornando as empresas do setor atrativas para investimentos de longo prazo”, explica o Laatus, projetando uma reversão na queda dos preços e uma valorização futura das ações de empresas petrolíferas.