O pisco, destilado chileno produzido a partir das uvas na região do Atacama e Coquimbo, no Chile, já está entre as bebidas preferidas dos brasileiros. Entre janeiro e agosto de 2024, o país vizinho contabilizou mais de US$ US$ 62 mil de exportações em pisco para o Brasil, alta de 3,6% frente ao mesmo período de 2023. O Brasil é considerado o nono mercado de destino dessa bebida. Os dados são do ProChile, instituição do Ministério das Relações Exteriores do país andino, que aponta ainda que o volume de exportações de pisco chileno para o mundo contabilizou mais de US$ 3,2 milhões no mesmo período avaliado. “O Brasil é um grande parceiro da Região de Coquimbo e, em termos de pisco, é um dos nossos destinos estratégicos para essas exportações”, diz a diretora do ProChile em Coquimbo, Paola Vásquez.
Para que o potencial mercado consumidor brasileiro tenha mais aproximação com essa bebida, haverá uma masterclass exclusiva com a presença de autoridades agrícolas, importadores brasileiros e da delegação empresarial chilena de pisco. A ação ocorre dentro da agenda da semana de negócios Chile Week Brasil que acontece entre os dias 30 de setembro e 4 de outubro nas cidades de São Paulo, Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG).
A bebida
O pisco possui a Denominação de Origem do ano de 1931, a mais antiga da América e a segunda mais antiga do mundo. Atualmente, são 20 empresas produtoras de pisco, que produzem, em média, cerca de 36 mil litros de diferentes graduações alcoólicas (35°, 40°, 43° e 45°) e suas diferentes versões (transparente e envelhecida) e destilações (duplas e triplos), que oferecem uma ampla gama de possibilidades para saborear, seja puro ou em flertes junto com outros ingredientes.
90% desta produção é consumida no mercado local e o restante é exportado, sendo a República Checa, a Alemanha e os Estados Unidos os principais mercados de destino. Em 2022, as exportações de pisco registaram vendas superiores a US$ 6,6 milhões, o que se explica principalmente pela regularização dos embarques após a pandemia.
Aprenda mais sobre o pisco
No próximo dia 1º de outubro ocorre uma masterclass no hotel Tivoli Mofarrej, na capital paulista. Víctor Venegas, bartender chileno de Eximia Bar localizado em São Paulo, vai apresentar a bebida e ensinar formas de produzir coquetéis a partir das 16h. o diretor geral da ProChile, Ignacio Fernández estará presente.
Região Estelar

Além de ser um dos locais produtores de pisco no Chile, a região de Coquimbo é reconhecida mundialmente como a “região das estrelas” por ter os céus mais transparentes do mundo para observação astronómica e por possuir a maior rede de turismo astronômico do hemisfério sul. Mas não é só o céu estrelado que atrai o olhar dos visitantes. O destino oferece a oportunidade para descobrir o seu património natural e arqueológico, as tradições camponesas e o artesanato em pedra nos seus vales. Há recantos pouco explorados com santuários naturais, pinturas rupestres, aves nativas, paisagens que falam da sua cultura camponesa quando são decoradas com os seus rebanhos de cabras, saborosas árvores de fruto e impressionantes videiras.
Entre as comunas, há as chamadas “zonas rezagadas” (“áreas carentes”) por serem mais remotas, compostas por Monte Patria, Punitaqui, Combarbalá e Canela localizadas nos Vales Limarí e Choapa – coroados pela Cordilheira dos Andes – onde se abre um espaço para o turismo rural e o Turismo Wellness, ideal para retiros, atividades ao ar livre, entre outras dinâmicas de bem-estar.
Este território oferece experiências, paisagens e sabores que se conectam com a cultura da sua comunidade. É uma terra com tradições típicas da região como a transumância dos criadores de cabras. Além disso, é um local com uma atividade agrícola com variedade de produtos para desfrutar de uma rica gastronomia (vinhos, frutas frescas, frutos secos, frutos secos que ligam o paladar às paisagens montanhosas deste país do fim do mundo).