Os incêndios no Brasil em 2024 atingiram níveis alarmantes, com o Pantanal e a Amazônia sofrendo os maiores incêndios em quase duas décadas. Segundo o Observatório Europeu Copernicus, as emissões deste ano são comparáveis ao recorde de 2007. Até 19 de setembro, o país já havia emitido 183 megatoneladas de carbono.
O levantamento de dados do Serviço de Monitoramento da Atmosfera do Copernicus (CAMS) mostra que as emissões são consistentemente altas. Os incêndios florestais severos nas regiões do Pantanal e da Amazônia estão afetando gravemente a qualidade do ar, com a fumaça se estendendo até São Paulo e a outros locais distantes.

Por que os Incêndios de 2024 são Fora do Comum?
A ocorrência de focos de incêndio em 2024 “pode ser considerada fora do comum”, segundo o Copernicus. As temperaturas extremamente altas na América do Sul nos últimos meses, somadas à seca de longo prazo e baixa umidade do solo, são fatores que contribuíram significativamente para a escala e intensidade dos incêndios.
Impactos na Qualidade do Ar e na Saúde
Os incêndios florestais no Brasil em 2024 não só devastaram grandes áreas de mata, mas também deterioraram a qualidade do ar em uma vasta área que abrange do Equador a São Paulo. Essa degradação da qualidade do ar apresenta riscos à saúde, sobretudo para grupos vulneráveis como crianças e idosos.
Como a Fumaça Viaja Além da Região dos Incêndios?
Segundo Mark Parrington, cientista sênior do CAMS, a atividade de incêndios florestais na América do Sul em 2024 foi “marcadamente acima da média”. A fumaça gerada pelos incêndios viajou a longas distâncias, atingindo até mesmo o outro lado do Atlântico, demonstrando a escala dos incêndios e seu impacto na qualidade do ar.
O Papel do Monitoramento e das Políticas Públicas
No entanto os dados de monitoramento fornecidos pelo CAMS são cruciais para entender e mitigar o impacto desses incêndios florestais. Continuar a monitorar essas emissões é essencial para rastrear o impacto na qualidade do ar e na atmosfera, além de informar políticas públicas eficazes para prevenir futuros desastres.
- Emissões acumuladas até 19 de setembro: 183 megatoneladas de carbono
- Equador a São Paulo: Cobertura de fumaça
- Registro de focos até agora: 200.013
- Alta de focos de incêndio: 144% em relação a 2023
Em suma a situação exige ações imediatas para conter os incêndios e minimizar os danos ambientais e à saúde pública. Assim sendo, o Brasil precisa de estratégias de longo prazo, combinando monitoramento eficaz, políticas públicas rigorosas e ações de conscientização ambiental para enfrentar e reduzir os impactos desses desastres naturais.
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