Uma nova linhagem do coronavírus, denominada XEC, está se espalhando rapidamente pela Europa, atraindo a atenção das autoridades internacionais de saúde. Cientistas acreditam que essa variante tem potencial para se tornar a cepa dominante em breve, substituindo a já conhecida JN.1. Esta nova variante é uma sublinhagem da variante Ômicron, descrita pela primeira vez em junho deste ano, em Berlim, na Alemanha.
Desde sua identificação inicial, a XEC foi encontrada em pelo menos 15 países de três continentes: Europa, América e Ásia. Até o momento, não há registros de casos no Brasil. O virologista Fernando Spilki, coordenador da Rede Corona-Ômica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), ressalta que, embora a nova linhagem tenha uma capacidade maior de transmissão, não há motivo para pânico.
Quais são as características da variante XEC?
De acordo com Spilki, o surgimento de novas linhagens do vírus é um processo esperado de adaptação. Ele explica que a emergência de uma linhagem que pode substituir a JN.1 e suas derivadas é algo natural no cenário das variantes do coronavírus. Essa nova cepa está sendo monitorada, principalmente durante o período de transição entre o verão e o outono no Hemisfério Norte, quando ocorre um aumento na interação social e retorno às aulas, criando condições favoráveis para a disseminação do vírus.
O que sabemos sobre os sintomas da nova variante?
Embora ainda haja muito a ser pesquisado sobre essa nova variante, alguns estudos preliminares sugerem que os sintomas podem ser semelhantes aos das variantes anteriores, como a Ômicron.
Sintomas Comuns:
- Sintomas respiratórios: Tosse seca, dor de garganta, congestão nasal e dificuldade para respirar.
- Febre: Alta ou baixa, pode estar presente em muitos casos.
- Fadiga: Sensação de cansaço excessivo e fraqueza.
- Dores musculares: Aches e dores pelo corpo.
- Dor de cabeça: Pode variar de leve a intensa.
- Perda do olfato e paladar: Embora menos comum do que em outras variantes, ainda pode ocorrer.
- Diarreia: Alguns pacientes relatam problemas gastrointestinais.
- Erupção cutânea: Em alguns casos, podem ocorrer erupções cutâneas ou manchas vermelhas na pele.
Sintomas menos comum:
- Congestão ocular: Olhos vermelhos e irritados.
- Perda de apetite: Dificuldade em se alimentar.
- Confusão mental: Em casos mais graves, pode haver confusão mental.
Como se proteger da XEC?
- Vacinação: A vacinação continua sendo a forma mais eficaz de prevenir a COVID-19 e suas variantes.
- Uso de máscara: Utilize máscara em locais fechados e em aglomerações.
- Higiene das mãos: Lave as mãos frequentemente com água e sabão ou utilize álcool em gel.
- Distanciamento social: Mantenha uma distância segura de outras pessoas
Manter o esquema vacinal atualizado continua sendo a principal estratégia para se proteger contra a Covid-19 e suas variantes. As doses de reforço, além de prevenirem contra casos graves da doença, também reduzem significativamente as chances de hospitalização.
Por que é importante continuar a vacinação?
Especialistas destacam que a dose de reforço amplifica a resposta imune, aumentando a quantidade de anticorpos circulantes no organismo. Esse aumento reduz a probabilidade de uma pessoa imunizada adoecer gravemente. Para idosos e imunossuprimidos, a dose de reforço é especialmente crucial, pois esses grupos muitas vezes não desenvolvem uma resposta imunológica adequada com o esquema vacinal inicial.
Adicionalmente, estudos mostram que a combinação de vacinas de diferentes fabricantes pode aumentar significativamente os níveis de anticorpos. Por exemplo, pessoas que receberam duas doses da AstraZeneca apresentaram um aumento de até 30 vezes nos níveis de anticorpos após tomar a dose de reforço da vacina da Moderna, e um aumento de 25 vezes com o reforço da Pfizer.
O que podemos esperar do futuro?
Segundo o virologista Spilki, o momento é de monitorar atentamente a evolução das novas linhagens. Ele ressalta a importância de observar se o aumento de casos se repetirá em outros países, o que pode ajudar a entender melhor o comportamento da variante XEC. A recomendação principal continua sendo a manutenção das medidas de proteção, como o uso da máscara em ambientes fechados e a higienização das mãos, além da vacinação.
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