O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou neste domingo (21) que não buscará a reeleição em 2024. A decisão foi comunicada através de suas redes sociais, onde Biden afirmou que cumprirá o restante de seu mandato, mas não participará das próximas eleições presidenciais.
A desistência de Biden ocorre em meio a um crescente ceticismo entre membros do Partido Democrata sobre sua capacidade de garantir uma vitória contra o ex-presidente Donald Trump, especialmente após um desempenho considerado fraco no debate presidencial da CNN em junho. A pressão para que o presidente renunciasse à sua candidatura aumentou nas últimas semanas, com figuras influentes do partido sugerindo que era hora de “passar o bastão” para uma nova geração de líderes.
Pressão Interna e Decisão Pessoal

Senadores e representantes democratas, incluindo o senador independente Joe Manchin, foram vocalmente a favor de uma mudança na liderança, argumentando que Biden deveria permitir que outros candidatos tivessem a oportunidade de concorrer. No entanto, os principais assessores e a alta cúpula da campanha de Biden inicialmente resistiram a essa pressão, afirmando que o presidente estava determinado a seguir em frente com sua campanha de reeleição.
Fontes próximas ao presidente indicaram que, embora não houvesse discussões formais sobre a retirada de Biden, havia um reconhecimento crescente de que sua continuidade na corrida presidencial era insustentável. Biden, que tem se isolado em sua residência em Rehoboth Beach para se recuperar da Covid-19, tomou a decisão final após consultar seus conselheiros mais próximos.
Reação e Próximos Passos
Cedric Richmond, copresidente da campanha de Biden, declarou que o presidente estava comprometido em aceitar a nomeação democrata e lutar por sua reeleição. “Ele tomou uma decisão, e essa decisão é aceitar a nomeação e concorrer à reeleição”, disse Richmond em uma entrevista recente. No entanto, com o anúncio oficial de Biden, a dinâmica dentro do Partido Democrata deve mudar significativamente nos próximos meses.
Biden deve se dirigir à nação ainda esta semana para detalhar os motivos de sua decisão e discutir os planos futuros para a administração. Enquanto isso, o Partido Democrata enfrentará o desafio de unificar suas bases e encontrar um candidato capaz de enfrentar Donald Trump nas eleições de novembro.
A desistência de Joe Biden da corrida presidencial marca um momento crucial na política americana, abrindo caminho para novos candidatos e reconfigurando o cenário eleitoral para 2024. O foco agora se volta para os potenciais sucessores dentro do Partido Democrata e a estratégia para garantir a continuidade das políticas da administração Biden. O presidente sinalizou apoio a Kamala Harris, para a disputa presidencial.
A vice-presidente ficará em silêncio publicamente até que Biden fale, segundo fontes internacionais. A decisão final de Biden de abandonar a corrida foi tomada nas últimas 48 horas, segundo um conselheiro sênior da campanha.
O Líder da minoria na Câmara, Jeffries, eloga Biden, mas não menciona Kamala Harris. O governador do Kentucku disse que a decisão de Biden, é “no melhor interesse do nosso país”. A senadora democrata do Havaí, Mazie Hirono, apoiou a vide-presidente Kamala Harris, como sucessora de Biden.
O ex-presidente Donald Trump e candidato a disputa pelos Republicanos, também reagiu ao anúncio e disse que Biden “não está apto a servir a presidência e certamente não foi apto”. Donald Trump aproveitou para atacar Harris como “ainda mais liberal e menos competente” do que Biden