A conferência anual da Berkshire Hathaway, na cidade de Omaha, é um evento emblemático onde acionistas da empresa se reúnem para ouvirem sobre os resultados anuais e estratégias futuras da companhia, além de aprenderem inúmeras lições de investimento.
Este encontro anual atrai milhares de investidores de todo o mundo, não só para obter insights sobre as operações da Berkshire e suas filosofias de investimento, mas também para participar de uma variedade de eventos relacionados e uma feira comercial que apresenta produtos das empresas subsidiárias da Berkshire.
William Castro Alves, estrategista-chefe da corretora digital Avenue, com sede nos EUA, participou das últimas duas reuniões e listou algumas lições que tirou da sua experiência.
Value Investing
A primeira lição que ele cita foi compreender a eficácia do conceito de Value Investing. A estratégia consiste em comprar boas empresas e manter a posição por vários anos. Warren Buffett e Charlie Munger são exemplos de sucesso dessa estratégia, principalmente através de investimentos no mercado americano e em uma moeda forte, o dólar.
Porém, Alves destaca que apesar de existirem Value Investors ao redor do mundo, o sucesso notório de Buffett e da Berkshire ocorreu principalmente nos Estados Unidos, sugerindo que, embora o Value Investing funcione, pode não ser igualmente eficaz em todos os mercados.
“Você pode até buscar alguns exemplos pelo mundo, mas o fato é que a Berkshire e o Buffett fizeram fortuna onde? Essencialmente investindo no mercado americano. Nesse sentido, penso que o Value Investing e o investimento a longo prazo, de fato funcionam, mas não necessariamente em qualquer mercado”, afirma.
O mundo todo investe nos EUA
A segunda lição destacada por Alves foi a predominância de investimentos no mercado americano por investidores globais. A diversidade de investidores em Omaha, incluindo brasileiros, franceses, argentinos, canadenses, indianos e até guatemaltecos, reforçou a percepção do estrategista da Avenue de que o mercado americano é um destino de investimento preferencial a nível mundial.
“Ficou claro para mim uma coisa: o mundo todo investe no mercado norte-americano”, destaca.
Longo prazo
Alves destaca que conversou com diversos investidores da Berkshire que mantêm ações da empresa há longos períodos, variando de 10 a 35 anos. Esses investidores vivenciaram múltiplos eventos econômicos marcantes, além de enfrentarem flutuações expressivas de taxas de juros e inflação.
Apesar desses desafios, eles mantiveram suas posições e colheram os benefícios dos juros compostos, acumulando um montante significativo ao longo do tempo.
“Conversei com investidores que viram a crise de 2008, a guerra do Golfo, juros, inflações, crescimentos, recessões e que mesmo assim carregaram a sua posição e não se arrependem nem um pouco. Tudo por conta do efeito dos juros compostos”, afirma.
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