Em resposta às mudanças demográficas e econômicas, a Reforma da Previdência do Brasil em 2019 alterou os critérios para solicitar aposentadoria – com a idade mínima sendo uma das alterações mais significativas.
Antes da reforma, os brasileiros podiam se aposentar com base no tempo de contribuição, sem a exigência de uma idade mínima. No entanto, sob as novas regras, as idades mínimas para aposentadoria são agora de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens.
Implicações das novas exigências de aposentadoria

Essa idade mínima se aplica à aposentadoria tanto por idade quanto por tempo de contribuição. Além disso, cumpre-se um período mínimo de contribuição ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que é de 15 anos para as mulheres e 20 anos para os homens.
Com o envelhecimento da população e o aumento da expectativa de vida no Brasil, as despesas com benefícios previdenciários estão aumentando. Isso pressiona o sistema previdenciário e torna necessário regras mais rígidas para o acesso à aposentadoria.
O regime de transição para a aposentadoria
Para aqueles que já estavam contribuindo para o INSS antes da aprovação da reforma, um regime de transição foi estabelecido, prevendo ajustes anuais nas normas de aposentadoria até o ano de 2031.
Por exemplo, em 2024, as mulheres devem ter no mínimo 58 anos e 6 meses, enquanto os homens devem ter no mínimo 63 anos e 6 meses. É necessário também um período mínimo de contribuição de 30 anos para mulheres e 35 anos para homens sob o regime de transição.
Como o tempo de contribuição se soma à idade mínima?
A idade mínima para aposentadoria é progressiva e aumenta seis meses a cada ano. Além disso, é exigido um mínimo de 30 anos de contribuição para mulheres e 35 anos para homens. O regime de “Pedágio 50%” se aplica a segurados que estavam próximos da aposentadoria em 2019, exigindo um “pedágio” adicional de 50% do tempo de contribuição que faltava para atingir a idade mínima.
Em suma, a reforma da previdência trouxe alterações significativas nas regras para a aposentadoria no Brasil, aumentando a idade e os tempos de contribuição mínimos. Cada uma dessas novas regras tem o potencial de impactar o momento em que a aposentadoria será concedida e o valor que o trabalhador receberá.