O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou que a reforma tributária aprovada pela Câmara dos Deputados é “um avanço” para o país, apesar de não ser perfeita. No evento BTG Macro Day 2023, do BTG Pactual nesta segunda-feira (6), em São Paulo, Haddad disse que o projeto pode ter nota 7 ou 7,5, mas que o Brasil “saiu de 2”.
Para o ministro, a reforma traz vantagens para a economia, como a garantia de previsibilidade para os agentes econômicos. “Hoje, estamos numa guerra, em que cada um faz o que pode”, disse.
O ministro observou que uma análise feita pelo Banco Mundial classificou o modelo tributário brasileiro em 184 lugar, num grupo de 190 países. “Meu filho, que é advogado, disse que gostaria de estudar os países que estão abaixo do Brasil para saber se são piores mesmo”, afirmou o ministro.
Haddad também destacou que a reforma dá um salto de qualidade ao desonerar as exportações. “Isso é fundamental para a competitividade do país”, finalizou.

Lira nega conversas com Lula e Haddad sobre meta fiscal
Durante o evento BTG Macro Day 2023, do BTG Pactual, que acontece nesta segunda-feira (6), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), negou que tenha conversado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre possíveis mudanças na meta fiscal de 2024.
Segundo Lira, Haddad ratificou que o governo continuará perseguindo a meta de déficit zero. “O ministro Haddad me disse que vai continuar buscando alternativas para o déficit zero”, afirmou Lira.
Lira também disse que se o governo não cumprir a meta, haverá consequências. “Se não conseguir atingir a meta, não é porque não quer. É porque não conseguiu mesmo. E se não conseguir, tem as consequências do arcabouço que serão aplicadas”, disse.
O presidente da Câmara ressaltou que o arcabouço fiscal foi enviado pelo governo federal e foi aprovado pelo Congresso Nacional. “O que nós entendemos é que, se a meta for cumprida, terá um conjunto de consequências. Se não for cumprida, terá outro conjunto de consequências”, afirmou.
Lira ainda afirmou que o governo tem que ter a consciência de que o que é acordado numa votação tem que ser honrado. “Não estou falando de emenda ou cargo. Estou falando de texto”, disse.