Nos últimos meses, um assunto recorrente nos noticiários econômicos é a “desdolarização” do mundo e uma suposta perda da hegemonia dos Estados Unidos como grande potência global.
Segundo alguns especialistas, a China poderia ultrapassar os Estados Unidos e se tornar a maior economia do mundo – há projeções indicando que isso poderia acontecer já em 2030.
Para contextualizar, atualmente, os EUA têm a maior economia do mundo, responsável por US$ 25 trilhões do PIB Global – o que significa que 25% da riqueza global que o mundo todo produz vem dos Estados Unidos.
Além de terem a maior economia, 70% do valor de mercado das maiores empresas do planeta vem dos Estados Unidos.
Mas, e no futuro, será que essa hegemonia vai continuar? Para William Castro Alves, estrategista-chefe da corretora digital Avenue, com sede nos EUA, um bom indício de que os EUA devem seguir como a maior potência global são aquelas empresas conhecidas como “Unicórnios” – startups que ultrapassam US$ 1 bilhão de valor de mercado.
“Mais da metade dos unicórnios do mundo estão nos Estados Unidos. Isso porque você tem um vasto capital intelectual, com grandes e renomadas universidades entre as 100 maiores universidades do mundo”, afirma Alves.
Com esse grande capital intelectual, a possibilidade de surgiram grandes oportunidades de negócios e ideias inovadoras aumenta significativamente. “Esse é um dos motivos que reforçam a capacidade dos Estados Unidos em continuarem sendo uma grande economia”, diz Alves.
Além disso, outro ponto relevante diz respeito ao envelhecimento populacional de países que já foram ricos, especialmente na Europa. “A gente vê diversos países onde a população vem envelhecendo. Você tem uma população economicamente ativa cada vez menor, são menos pessoas com idades aptas a trabalhar, a produzir e gerar riquezas”, diz o estrategista da Avenue.
Nos EUA isso também acontece, mas em intensidade menor. “A diferença é que os Estados Unidos conseguem atrair mão de obra de outros lugares. Quando olhamos as perspectivas populacionais, não vemos uma diminuição da população ou de um envelhecimento muito forte na população economicamente ativa, porque há muitos estrangeiros que querem trabalhar lá”, explica Alves.
90% das transações globais são feitas em dólar
Outro ponto importante é que 90% das transações comerciais globais comerciais são feitas em dólar. Mesmo que alguns países recentemente tenho informado que passariam a usar a moeda chinesa em operações internacionais, existe uma grande dificuldade de mudar essa realidade.
“Será que vai ser tão fácil assim substituir o dólar na hora de um produtor rural fazer um hedge, por exemplo? Me parece bem longe dessa realidade”, afirma Alves.
Ainda segundo ele, outro ponto relevante dessa questão da hegemonia americana é que grande parte das reservas do mundo estão em dólar. “É bem verdade que os bancos centrais buscam diversificar, mas a maior parte está mesmo na moeda norte-americana”, conclui o estrategista.
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