Dois dados de inflação registraram queda nesta terça-feira (30) na comparação com o mês anterior. O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu 1,84% em maio, de acordo com a Fundação Getulio Vargas. Além disso, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) apresentou uma queda de 0,35% em abril em relação ao mês anterior, conforme mostrou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Veja mais detalhes dos dois indicadores:
IGP-M
O IGP-M caiu 1,84% em maio, após queda de 0,95% no mês anterior, de acordo com a FGV. O resultado ficou abaixo das expectativas do mercado, que aguardava queda de 0,45%.
Com este resultado, o índice acumula taxa de -2,58% no ano e de -4,47% em 12 meses. Em maio de 2022, o índice havia subido 0,52% e acumulava alta de 10,72% em 12 meses.
“A deflação registrada no índice ao produtor (-2,72%), a maior de sua série histórica, foi influenciada pela redução dos preços de cinco grandes commodities, que juntas, respondem por aproximadamente 1/4 do peso total do IPA”, afirmou André Braz, Coordenador dos Índices de Preços. “Entre essas, vale citar o comportamento dos preços do minério de ferro (de -4,41% para -13,26%) e da soja (de -9,34% para -9,40%)”.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 2,72% em maio, ante queda de 1,45% em abril, enquanto o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu de 0,46% em abril para 0,48% em maio. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, variou 0,40% em maio, ante 0,23% em abril
IPP
O IPP caiu 0,35% em abril na comparação mensal, terceiro resultado negativo consecutivo, conforme mostrou o IBGE. O acumulado no ano foi de -0,99%, o segundo menor para um mês de abril desde o início da série histórica, em 2014.
O acumulado em 12 meses ficou em -4,63%, a maior queda da série histórica para esse indicador. Na relação com abril de 2022, o índice teve alta de 2,08%.
Nessa comparação, 12 das 24 atividades industriais tiveram queda de preços. Entre as atividades analisadas, as quatro variações mais intensas foram: farmacêutica (3,97%); papel e celulose (-3,57%); madeira (-3,19%); e outros produtos químicos (-2,61%).
A variação de preços de -0,35% em relação a março repercutiu da seguinte maneira entre as grandes categorias econômicas: -0,19% de variação em bens de capital; -1,23% em bens intermediários; e 1,03% em bens de consumo (BC), conforme mostrou o IBGE.