Em reunião realizada em 26 e 27 de julho, pelas autoridades do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) decidiu aumentar, nesta quarta-feira (27), a taxa básica de juros dos Estados Unidos em 0,75 ponto percentual, para um intervalo entre 2,25% a 2,5%.
Em resposta à inflação crescente, a decisão já era esperada pelo mercado. Em junho, o Fed fez a maior alta nos juros desde 1994, com 0,75 ponto percentual também. A decisão impacta a economia de todo o mundo.
“Os indicadores recentes de gastos e produção se suavizaram. No entanto, os ganhos de emprego foram robustos nos últimos meses e a taxa de desemprego permaneceu baixa. A inflação permanece elevada, refletindo desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia, preços mais altos de alimentos e energia e pressões mais amplas sobre os preços”, disse em comunicado.
O Comitê informou ainda que “continuará reduzindo suas participações em títulos do Tesouro e dívida de agências e títulos lastreados em hipotecas, conforme descrito nos Planos para Redução do Balanço do Federal Reserve que foram emitidos em maio”.
O Fomc acrescentou que segue “altamente atento” aos riscos de inflação.
Mas, embora a geração de empregos tenha permanecido “robusta”, as autoridades observaram no novo comunicado de política monetária que “os indicadores recentes de gastos e produção abrandaram”, um aceno para o fato de que o ciclo agressivo de aumentos dos juros que têm colocado em prática desde março está começando a pesar.
Depois de uma alta de 0,75 ponto percentual no mês passado e movimentos menores em maio e março, o Fed elevou sua taxa básica em um total de 2,25 ponto neste ano, conforme luta contra uma explosão de inflação como a vista na década de 1980 com uma política monetária ao estilo da de 1980.
A taxa de juros está agora no nível que a maioria das autoridades considera ter um impacto econômico neutro, marcando o fim dos esforços da era da pandemia para incentivar os gastos das famílias e das empresas com dinheiro barato.
O comunicado deu pouca orientação explícita sobre quais passos o Fed pode tomar em seguida, decisão que dependerá bastante de os próximos números econômicos mostrarem ou não que a inflação começou a desacelerar.
Com os dados mais recentes mostrando que os preços ao consumidor subiram a uma taxa anual de mais de 9%, investidores esperam que o banco central dos EUA eleve a taxa básica de juros em pelo menos 0,50 ponto percentual em sua reunião de setembro.
*Com informações da Reuters
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