O feriado da Independência do Brasil, nesta terça-feira (7), foi marcado por atos contra e a favor do governo federal. Além disso, durante discurso em São Paulo, o presidente Bolsonaro citou o ministro Alexandre de Moraes, do STF, afirmando que não vai mais respeitar as suas decisões.
Bolsonaro também voltou a falar do voto impresso, dizendo que não vai participar de uma “farsa” montada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Após as declarações de Bolsonaro, o presidente do PSDB, Bruno Araújo, convocou reunião extraordinária da Executiva do partido para discutir a posição em relação à abertura de processo de impeachment contra o presidente. O encontro deve ocorrer nesta quarta-feira (8) segundo o partido.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta terça-feira que apoia o afastamento e o impeachment de Bolsonaro.
O que isso afeta nos seus investimentos?
Nos últimos dias, o mercado financeiro acompanhou o aumento das incertezas no cenário interno, acompanhado da expectativa das repercussões das manifestações tanto pelo presidente Jair Bolsonaro quanto pela oposição.
Veja mais:
- Governadores e ministros fazem declarações sobre 7 de setembro
- Confira tudo o que aconteceu neste 7 de setembro
A fala do presidente nesta terça-feira em relação ao ministro Alexandre de Moraes colocou dúvidas sobre a segurança jurídica do país e que poderá adicionar tensões entre os poderes.
Sendo assim, as dúvidas sobre o tamanho das repercussões e os efeitos dos protestos de hoje já estão precificados nos ativos de risco, de acordo com a opinião do especialista em investimentos, Alex André. “Já observamos que esta aversão ao risco está mais relacionada ao investidor local, onde o investidor estrangeiro está mais preocupado com o desenrolar da política fiscal, assim como observamos as últimas quedas na bolsa de valores, após polêmicas envolvendo os precatórios”.
Alex defende que “O mercado está cada vez mais atento aos eventos de curto prazo, já observando os possíveis efeitos da eleição do ano que vem, abrindo oportunidade para as ações, enfatizando que os resultados corporativos do 2º trimestre vieram robustos e com avanço da vacinação e recuperação econômica, podemos aguardar um ano positivo para as ações ligadas à economia real.”
Mesmo com a polarização da disputa eleitoral do ano que vem entre o presidente Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva, de acordo com as pesquisas de intenção de voto, Alex acredita que “ O mercado quer acima de tudo, um governo que se dedique a trabalhar, investir e gerar empregos, em busca de novos caminhos e soluções para levar o Brasil em ritmo de crescimento constante”.