
O Banco Central indicou que apertos seguidos e sem interrupção nos juros básicos são necessários para levar a taxa Selic para patamar acima do neutro, para que assim as projeções de inflação fiquem na meta, conforme ata do Comitê de Política Monetária (Copom) publicada nesta terça-feira. A projeção para o IPCA deste ano é de 6,5%, e 3,5% para o ano que vem. Já para 2023, o IPCA deve se manter em 3,2% ao ano.
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“Levando em conta o cenário básico e o balanço de riscos, o Comitê observou que, caso não haja mudança nos condicionantes de inflação, são necessárias elevações de juros subsequentes, sem interrupção, até patamar acima do neutro para que se obtenha projeções em torno das metas de inflação no horizonte relevante”, mostrou o documento.
“Sendo assim, tornou-se apropriado um ciclo de elevação da taxa de juros para patamar consistente com política monetária contracionista”, acrescentou.
Na semana passada, o BC subiu a dose do aperto monetário ao adotar uma alta de 1 ponto percentual na Selic, a 5,5% ao ano, já indicando outro aumento de igual magnitude na próxima reunião do colegiado, em 21 e 22 de setembro.
“Para a próxima reunião, o Comitê antevê outro ajuste da mesma magnitude [de um ponto percentual]. O Copom enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar o cumprimento da meta de inflação e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária”, informou.
A decisão veio em meio à piora recente em componentes inerciais da inflação com a reabertura do setor de serviços.
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