O mercado de delivery de comida no Brasil tem passado por mudanças significativas em 2025, impulsionadas pela crescente concorrência entre aplicativos e pela busca por melhores condições para os entregadores. Recentemente, grandes plataformas anunciaram pacotes de benefícios e ajustes em suas políticas, com o objetivo de atrair e reter tanto entregadores quanto restaurantes parceiros.
O iFood, líder no segmento de entregas de refeições prontas, apresentou um novo conjunto de vantagens para seus entregadores. Entre as novidades, destaca-se o pagamento de bônus, isenção de taxas para antecipação de repasses e a possibilidade de escolha de rotas, medidas que visam melhorar a experiência dos profissionais que atuam na plataforma.
Quais são os principais benefícios anunciados pelo iFood para entregadores?
O pacote de benefícios divulgado pelo iFood está dividido em três pontos centrais. O primeiro deles é a isenção de taxas para antecipação de repasses, permitindo que os entregadores recebam seus pagamentos, normalmente feitos semanalmente, de forma antecipada e sem custos adicionais. Essa medida busca oferecer maior flexibilidade financeira aos profissionais.
Outro destaque é a escolha de rotas, funcionalidade que possibilita ao entregador indicar uma região de preferência para realizar entregas. A novidade será testada a partir de agosto e pode contribuir para otimizar o tempo de trabalho e reduzir deslocamentos desnecessários. Por fim, o iFood anunciou o pagamento de bônus de até R$ 3 mil para quem atingir alto volume de entregas e mantiver boas avaliações, embora os critérios detalhados para esse benefício ainda não tenham sido divulgados.
Como a concorrência tem influenciado o mercado de delivery no Brasil?
O cenário competitivo no setor de delivery de comida tem se intensificado nos últimos meses. Apesar de o iFood manter cerca de 80% do market share, empresas como Rappi, 99Food e Meituan têm investido fortemente para ampliar sua participação. A 99Food, por exemplo, anunciou um aporte de R$ 1 bilhão para retomar suas operações no país, enquanto a Meituan, gigante chinesa, planeja investir R$ 5,6 bilhões para iniciar e expandir sua atuação no Brasil.
O Rappi também revelou um orçamento de R$ 1,4 bilhão para os próximos três anos, com foco em crescimento e melhorias para entregadores. Entre as iniciativas, destaca-se o aumento da taxa mínima para entregas realizadas entre sexta-feira à noite e segunda-feira de manhã, passando de R$ 7 para R$ 10, representando um acréscimo de 42,85%. Além disso, tanto Rappi quanto 99Food têm apostado em taxas zero para restaurantes parceiros, estratégia que visa atrair mais estabelecimentos e tornar os preços mais competitivos para os consumidores.
Quais são os impactos dessas mudanças para entregadores e restaurantes?
As recentes alterações promovidas pelas plataformas de delivery refletem uma tentativa de valorizar o trabalho dos entregadores e de fortalecer a relação com os restaurantes. O aumento na remuneração, a oferta de bônus e a flexibilização dos pagamentos podem contribuir para uma maior satisfação dos profissionais, além de estimular a permanência e o engajamento na atividade.
Para os restaurantes, a redução ou isenção de taxas pode representar uma oportunidade de ampliar o alcance dos seus produtos, tornando-se mais competitivos no ambiente digital. A entrada de novos concorrentes e os investimentos bilionários no setor indicam que o mercado de delivery continuará em transformação, com benefícios e desafios para todos os envolvidos.
- Isenção de taxas para antecipação de pagamentos
- Escolha de rotas para entregadores
- Bônus por desempenho e avaliações positivas
- Investimentos bilionários de novos concorrentes
- Taxas reduzidas para restaurantes parceiros
O ambiente de entregas de comida no Brasil segue dinâmico, com empresas buscando inovar em seus serviços e benefícios. O resultado dessas mudanças tende a impactar não apenas os entregadores e restaurantes, mas também os consumidores, que podem se beneficiar de melhores condições e ofertas no setor.
