O mercado de capitais brasileiro vive um dos períodos mais dinâmicos da última década, impulsionado pela migração de investidores em busca de previsibilidade e pelo amadurecimento das estruturas de crédito privado. O volume total de investimentos já soma R$ 7,94 trilhões — alta de 6,8% em relação ao segundo semestre de 2024 —, com a renda fixa concentrando cerca de 60% desse total, o equivalente a R$ 4,7 trilhões em aplicações. É nesse ambiente de expansão e sofisticação que a Multiplike alcança uma nova marca: R$ 4 bilhões em patrimônio líquido consolidado, o dobro do volume registrado no ano anterior.
O avanço reflete uma estratégia de verticalização e diversificação de funding, que tem reposicionado a companhia entre os principais conglomerados de crédito estruturado do país. “A autorização para virar financeira nos permitirá agregar competitividade tributária ao investidor, autonomia operacional e novas ‘gavetas’ de captação — elementos essenciais para acelerar nosso crescimento”, afirma Volnei Eyng, CEO da Multiplike.
Autorização do Banco Central abre nova fase de expansão
O crescimento ocorre logo após a autorização do Banco Central para que a empresa opere como Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento (SCFI), o que permitirá captação via CDBs e letras de câmbio. A medida reduz o custo de funding e amplia o leque de instrumentos estruturados disponíveis para investidores. Essa transição consolida o modelo de negócio da Multiplike, que integra originação, funding e gestão sob uma mesma plataforma, combinando performance com relacionamento próximo a empresas e investidores.
Ao atingir R$ 4 bilhões em patrimônio líquido, a Multiplike reforça o papel das gestoras independentes na transformação do ecossistema de crédito brasileiro, que ganha em governança, liquidez e relevância dentro do mercado de capitais. “Estamos diante de um movimento estrutural. O crédito deixou de ser apenas uma alavanca bancária e passou a ser um instrumento de desenvolvimento de longo prazo”, conclui Eyng.
Crédito estruturado impulsiona economia real
A consolidação do crédito estruturado representa também uma mudança de paradigma para a economia real. Empresas de médio e grande porte têm encontrado nesse modelo uma alternativa eficiente para financiar crescimento, antecipar recebíveis e sustentar planos de expansão sem depender dos ciclos de crédito público ou bancário. Nesse contexto, as operações de crédito privado oferecem agilidade, previsibilidade e segurança jurídica, tornando-se um vetor de investimento produtivo e estabilidade empresarial.
O movimento ainda cria uma ponte direta entre o mercado financeiro e o setor produtivo, favorecendo o desenvolvimento regional e a diversificação das fontes de financiamento. Ao mesmo tempo, os investidores têm acesso a retornos ajustados ao risco, baseados em lastros reais e governança sólida, o que amplia a atratividade das carteiras estruturadas.
Ex-banqueiros migram para o mercado de crédito privado
Além do impacto macroeconômico, o avanço do crédito estruturado tem atraído profissionais experientes do sistema bancário tradicional, que enxergam nesse segmento uma oportunidade estratégica de carreira. A Multiplike tem se consolidado como destino ideal para esses ex-gerentes e executivos de bancos, oferecendo autonomia, flexibilidade e maiores rendimentos.
Esse processo reflete um sistema financeiro mais competitivo e descentralizado, no qual o investimento privado assume papel de motor de produtividade, inovação e geração de empregos. “O crédito estruturado é hoje o elo entre eficiência financeira e desenvolvimento econômico. O Brasil está aprendendo a financiar o crescimento de forma mais moderna, técnica e sustentável”, destaca Eyng.