O Ibovespa encerrou a sessão desta segunda-feira, 16 de junho de 2025, com valorização de 1,49%, aos 139.255 pontos, em um pregão marcado pelo otimismo nos mercados globais e pela divulgação de indicadores econômicos positivos no cenário doméstico.
Alta no mercado foi puxada por cenário externo favorável e dados locais
A recuperação do apetite por risco no exterior contribuiu significativamente para o desempenho positivo dos ativos brasileiros. No plano interno, o avanço de 0,16% do IBC-Br em abril e a desaceleração de índices de inflação reforçaram a percepção de resiliência da economia nacional, às vésperas das decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.
Dólar tem forte queda e fecha abaixo de R$ 5,50
A cotação do dólar comercial registrou queda de 0,98%, encerrando o dia a R$ 5,4871, o menor patamar desde outubro de 2024. O movimento refletiu tanto o cenário externo benigno quanto a entrada líquida de recursos estrangeiros em ativos de renda variável.
Maiores altas do Ibovespa no dia
Entre os destaques positivos do dia estiveram ações ligadas ao consumo, siderurgia e indústria aeroespacial:
- Magazine Luiza (MGLU3): +6,71%
- CSN (CSNA3): +6,05%
- Embraer (EMBR3): +5,34%
As ações da Magazine Luiza lideraram os ganhos com investidores apostando na retomada do consumo, enquanto a valorização das commodities favoreceu empresas como CSN e Embraer.
Maiores quedas do Ibovespa
Apesar do tom positivo do mercado, alguns papéis encerraram em baixa, com destaque para o setor de alimentos e petróleo:
- BRF (BRFS3): –2,38%
- Prio (PRIO3): –1,82%
- Petrobras PN (PETR4): –0,98%
No caso da Petrobras, o desempenho negativo foi influenciado pela cautela em relação à política de dividendos e volatilidade nos preços do petróleo.
Setor bancário também contribuiu para a alta
Os grandes bancos contribuíram para o desempenho positivo do índice, com valorização entre 0,97% (Santander) e 2,15% (Bradesco). As instituições financeiras se beneficiaram do recuo nos juros futuros, refletindo expectativas mais benignas para a condução da política monetária.
Radar corporativo: Petrobras, Americanas e Minerva
No noticiário corporativo, três empresas chamaram a atenção dos investidores:
- Petrobras anunciou o pagamento de dividendos de R$ 0,376 por ação, previsto para 20 de junho.
- Americanas firmou acordo com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional para parcelamento de aproximadamente R$ 865 milhões em dívidas tributárias.
- Minerva informou a venda de ativos no Uruguai, como parte de sua estratégia de reestruturação operacional.
Expectativas para a semana
A atenção dos mercados agora se volta para a chamada “super quarta-feira”, quando serão divulgadas as decisões de política monetária do Comitê de Política Monetária (Copom) no Brasil e do Federal Reserve (Fed) nos Estados Unidos. A perspectiva é de manutenção da taxa Selic, enquanto há incertezas quanto ao posicionamento do banco central norte-americano sobre cortes de juros.
Além disso, segue no radar a tramitação de medidas fiscais no Congresso, como a MP do IOF, que pode afetar o equilíbrio das contas públicas.
Resumo do mercado
| Indicador | Resultado |
|---|---|
| Ibovespa | +1,49% (139.255 pontos) |
| Dólar comercial | –0,98% (R$ 5,4871) |
| Maiores altas | MGLU3, CSNA3, EMBR3 |
| Maiores quedas | BRFS3, PRIO3, PETR4 |
| Destaques corporativos | Petrobras, Americanas, Minerva |