A Bolsa brasileira encerrou a semana em forte alta nesta sexta-feira (9), refletindo a combinação entre resultados corporativos robustos e um cenário internacional mais otimista. O Ibovespa fechou o pregão com avanço de 2,12%, alcançando os 136.232 pontos — muito próximo de sua máxima histórica intradiária.
O impulso veio, em grande parte, do desempenho de grandes empresas e da melhora no apetite por risco no exterior, com investidores confiantes em avanços nas relações comerciais entre grandes economias.
Balanços corporativos em destaque
Os resultados trimestrais divulgados por companhias de peso impulsionaram o humor do mercado:
- Itaú Unibanco (ITUB4) apresentou um lucro recorrente de R$ 11,1 bilhões no primeiro trimestre, um crescimento expressivo de 14% na comparação anual.
- B3 (B3SA3) reportou lucro líquido de R$ 1,1 bilhão, com aumento na receita e desempenho operacional sólido.
- Já Magazine Luiza (MGLU3) decepcionou. A varejista viu seu lucro ajustado despencar 62,5% em relação ao ano passado, o que fez suas ações caírem cerca de 11%.
Outro destaque negativo foi a Gol (GOLL4), que viu seus papéis desabarem cerca de 40% após anunciar uma proposta de aumento de capital para reforçar seu caixa em meio à reestruturação sob proteção judicial nos EUA.
Dólar e inflação
No câmbio, o dólar comercial teve leve queda e foi negociado a R$ 5,65. A divulgação do IPCA de abril, com alta de 0,43%, reforçou a percepção de desaceleração da inflação, favorecendo a expectativa de continuidade nos cortes da Selic nos próximos meses.
Ambiente internacional colaborou
O mercado internacional também colaborou para o desempenho positivo da Bolsa. A sinalização de acordos comerciais entre os EUA e parceiros estratégicos, somada à expectativa de diálogo com a China, trouxe alívio às bolsas globais e elevou o apetite por ativos emergentes, como os brasileiros.
