O FII VISC11 tem enfrentado dificuldades na Bolsa de Valores, registrando três quedas semanais consecutivas. Para compreender melhor essa situação, conversamos com o analista Pedro Dafico, especialista da Suno Research, que compartilhou sua visão sobre o cenário atual do fundo.
No pregão de sexta-feira (20), o VISC11 fechou em alta de 0,83%, mas essa elevação não foi suficiente para reverter as perdas acumuladas das semanas anteriores. A cotação final foi de R$ 108,90, após atingir a mínima diária de R$ 106,01, a menor desde julho.

Por Que o Fundo VISC11 Está em Queda?
A volatilidade observada no VISC11 é resultado de uma combinação de fatores. A principal causa identificada por Pedro Dafico é a redução nos dividendos recentemente anunciados. No dia 13 de setembro, foi distribuído o valor de R$ 0,83 por cota, refletindo uma queda de 2,35% em relação ao mês anterior.
Como os Dividendos Afetam a Cotação?
A queda nos rendimentos teve um impacto significativo na cotação do fundo. Esse valor foi o menor desde junho de 2023, quando o mesmo valor foi pago. Além disso, o cenário macroeconômico atual também desempenha um papel importante na desvalorização do fundo.
P/VP e Reajustes Patrimoniais: Que Diferença Fazem?
O atual P/VP (Preço sobre Valor Patrimonial) do VISC11 mostra um desconto de 14%, indicando uma defasagem patrimonial. Segundo Pedro Dafico, a reavaliação patrimonial futura não será tão significativa como foi no ano passado, devido às condições econômicas presentes.
Reservas Acumuladas: Uma Estratégia de Resiliência
O fundo possui reservas acumuladas de R$ 0,63 por cota, com um guidance de distribuição de R$ 0,80 a R$ 1,00 por cota. Essas reservas são importantes para manter a estabilidade do fundo, especialmente em tempos de baixa nos rendimentos.
Perspectivas para o Futuro
No primeiro semestre de 2024, o VISC11 teve um resultado não recorrente maior do que no segundo semestre, o que ajudou a manter certa resiliência diante das quedas. A renda base recorrente do fundo é atualmente de R$ 0,75 por cota, ajustada à medida que as receitas imobiliárias, como aluguel, se estabilizam.
Conclusão
Embora o fundo imobiliário VISC11 tenha enfrentado um período de queda, as perspectivas de médio a longo prazo ainda dependem de várias variáveis macroeconômicas e da capacidade do fundo de se ajustar às novas realidades do mercado. Manter um olhar atento às reservas e à estratégia de distribuição de rendimentos será crucial para investidores interessados em acompanhar e entender a performance do VISC11.