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Dólar em queda favorece o real e alivia inflação, diz estrategista

O dólar tem perdido força no cenário internacional, à medida que crescem as apostas de que o Federal Reserve poderá cortar juros em breve. A Europa já iniciou o ciclo de afrouxamento monetário, o que aumenta a pressão sobre o banco central americano. Para Marco Saravalle, CIO da MSX Invest, esse movimento ajuda a sustentar a valorização do real, mesmo com incertezas locais.

“O DXY tem mostrado um dólar mais fraco frente a diversas moedas. Isso acaba sustentando o patamar atual do real, que poderia estar mais desvalorizado”, disse Saravalle.

Dólar no radar: câmbio mais favorável tem impacto direto na inflação brasileira

Apesar de o dólar seguir acima de R$ 5,00, a cotação atual está bem abaixo do pico recente, o que tem ajudado a conter o avanço dos preços no Brasil. Saravalle lembra que, se o câmbio estivesse nos níveis do fim do ano passado — em torno de R$ 6,70 —, o impacto inflacionário seria mais grave.

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“Por incrível que pareça, o dólar tem sido um aliado. Sem essa valorização do real, a inflação estaria num patamar bem mais preocupante”, afirmou.

Dólar atrativo pode trazer capital estrangeiro para o Brasil

A possível queda de juros nos EUA pode impulsionar uma nova onda de entrada de dólares no Brasil, o que fortalece o real e melhora a percepção sobre a inflação futura. Segundo Saravalle, esse ambiente favorece a política monetária brasileira em um momento de desafios fiscais.

“Se o Fed der sinal de corte, parte dos recursos pode vir para cá, o que fortalece o real e melhora as expectativas de inflação”, concluiu.

Apesar do cenário positivo no curto prazo, Saravalle alertou para a importância de monitorar os próximos passos da política monetária dos Estados Unidos. “Se o Federal Reserve mantiver os juros elevados por mais tempo, o fluxo de capital pode ser redirecionado, impactando diretamente o câmbio e a atratividade dos ativos brasileiros”, afirmou. Ele destacou ainda que o investidor deve acompanhar os sinais da economia global, especialmente em ano pré-eleitoral, que pode trazer maior volatilidade ao Brasil.

Assista na íntegra:

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